Uma autoridade dos Estados Unidos disse à agência Reuters que o bilionário russo Roman Abramovich não foi envenenado, mas que seus sintomas foram provocados por um fator ambiental externo, e não por um envenenamento.
O oligarca e dois negociadores de paz ucranianos tiveram sintomas de um possível envenenamento após uma reunião em Kiev no início deste mês, reportou nesta segunda-feira (28) o "The Wall Street Journal" (WSJ), ao citar "pessoas a par do tema".
O funcionário da Inteligência americana disse à Reuters, sob condição de anonimato, que o departamento "sugere altamente que isso foi ambiental [...], não envenenamento". O americano se recusou a elaborar mais sobre o assunto.
O site de jornalismo investigativo Belling Cat, com sede na Holanda, e que tem acompanhado de perto a crise entre Ucrânia e Rússia, afirma que confirmou com suas fontes as mesmas informações que o diário americano. O mesmo foi feito pelo jornal britânico "The Guardian".
Segundo o WSJ, após a reunião na capital ucraniana, Abramovich, que viajou entre Moscou, Lviv e outros locais de negociação, bem como pelo menos dois membros sêniores da equipe de negociação ucraniana desenvolveram sintomas que incluem olhos vermelhos, lacrimejamento constante e doloroso, além de descamação da pele do rosto e das mãos, afirmaram as fontes.
Até onde o WSJ conseguiu apurar, a vida de Abramovich e dos negociadores ucranianos não estaria em perigo e sua condição melhorou desde o suposto envenenamento.
Uma autoridade dos Estados Unidos disse à agência Reuters que a Inteligência do país sugeriu que os sintomas foram provocados por um fator ambiental, e não por um envenenamento.
Segundo reportou o "Guardian", Abramovich teria perdido a visão durante "várias horas" e recebeu tratamento em um centro de saúde da Turquia, para onde viajava após o encontro informal para negociar a paz em meio a invasão russa da Ucrânia.
Abramovich está entre os bilionários russos sancionados como parte dos esforços do Ocidente para isolar o presidente russo, Vladimir Putin, pela invasão da Ucrânia. O oligarca nega ter laços próximos com Putin.
Além do dono do Chelsea F.C., o jornal identificou ao menos um dos negociadores que apresentaram os sintomas: Rustem Umerov, parlamentar ucraniano e empresário.
O suposto ataque pode ter relação com representantes da linha-dura de Moscou que querem sabotar as negociações para acabar com a guerra na Ucrânia, relata o WSJ.
Fonte: g1
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