Na fila de privatizações do governo, os Correios vão anunciar nesta quinta-feira um lucro de R$ 3,7 bilhões em 2021, o maior em 22 anos. A empresa também voltará a pagar dividendos à União depois de oito anos.
Segundo os gestores da estatal, o processo de reorganização reposicionou a empresa num ambiente competitivo que se acirrou com o crescimento das compras online e dos serviços de encomenda.
Os Correios unem dois tipos principais de serviços: o de encomendas, mais lucrativo, e o de correspondências.
O governo ainda espera ter o aval do Congresso para a venda da estatal, que no passado foi alvo de denúncias de corrupção, investigações e até mesmo foi alvo de uma CPI.
Enquanto tramita no Congresso a autorização de venda, o BNDES realiza as audiências públicas da fase final dos estudos para a oferta da empresa.
Para obter o resultado financeiro, os Correios realizaram programas de demissões voluntárias que reduziram em 10% o quadro de servidores, revisaram contratos e lançaram novos produtos.
Segundo um gestor da empresa ouvido pelo blog, o valor da estatal saiu de R$ 3 bilhões em 2018 para R$ 30 bilhões.
A empresa enxugou benefícios dos trabalhadores, mas quitou dívidas do plano de saúde coletivo, que já havia deixado de ser aceito em grande parte da rede de saúde nacional por conta da ausência de pagamentos.
Os Correios também passaram por um inventário de bens. Um exemplo emblemático foi o do terreno ao lado da sede da estatal, em Brasília. Na tentativa de tentar permissão para usar como estacionamento o local, buscou com a administração de Brasilia o dono da área e foi informado que o terreno era dos Correios mesmo.
Fonte: Blog da Ana Flor
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