Uma pistola calibre 40 foi encontrada dentro de uma cela da Penitenciária Lemos Brito, durante revista realizada nesta segunda-feira (21), no Complexo Penitenciário de Mata Escura, em Salvador. A ação aconteceu um dia após uma rebelião no local, que terminou com cinco presos mortos e 17 feridos.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), o armamento estava no Módulo II da unidade prisional e foi apreendido por equipes das polícias Militar, Civil e Penal. Os agentes também encontraram dois carregadores para a pistola.
Participaram da ação integrantes dos Batalhões de Polícia de Guardas e de Choque, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e da Secretaria de Administração Penitenciária (Soint e GEOP).
Rebelião
A rebelião aconteceu na tarde de domingo (20) e foi controlada no início da noite. Quatro internos morreram ainda no local e o quinto morreu no Hospital Geral do Estado (HGE), para onde foi socorrido em estado grave.
Os 17 detentos feridos também foram socorridos para unidades médicas que não foram divulgadas. Os nomes deles não foram divulgados. Segundo o secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização, Nestor Duarte, o motim foi causado por uma briga entre criminosos de facções rivais.
Durante a rebelião, houve também uma tentativa de fuga. Os detentos atacaram policiais penais, usando facas e facões. Alguns dos presos também tinham armas de fogo, mas os detalhes sobre esses equipamentos não foram divulgados.
A Penitenciária Lemos Brito abriga apenas presos homens, já condenados em regime fechado. Com base em dados divulgados pela Seap, contabilizados até o dia 17 de fevereiro, a unidade tem 1.116 internos – um número que excede a capacidade de 771 vagas.
No momento da rebelião, apenas três agentes penitenciários trabalhavam na unidade. O policiamento no presídio foi reforçado por equipes dos Batalhões de Choque e de Patrulha Tático Móvel (Patamo) da Polícia Militar, nesta segunda.
No domingo, ainda durante a rebelião, familiares de internos estiveram no local e protestaram em frente ao complexo penitenciário, pedindo informações sobre a situação dos presos.
O Sindicato dos Rodoviários chegou a suspender a circulação dos ônibus na região, mas o transporte foi normalizado no mesmo dia.
Fonte: g1
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