O Rio Grande do Norte vai passar a aplicar as vacinas de Oxford/AstraZeneca e Janssen como doses de reforço (também chamada de terceira dose) na campanha de imunização contra a Covid-19.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), a ampliação para o uso desses imunizantes se dá pelo baixo estoque e pela falta de envio, pelo Ministério da Saúde, de novas doses de Pfizer, que até então era a única aplicada como dose de reforço no estado.
A nova recomendação aos municípios foi dada pela Sesap nesta quarta-feira (2), que reforçou que essa substituição é autorizada e orientada pelo Ministério da Saúde. Outros estados do Brasil também estão utilizando as vacinas como dose de reforço.
Doses em estoque
Segundo a Sesap, o último envio feito de doses de Pfizer adulta ao RN pelo Ministério da Saúde foi em 26 de janeiro, quando 66.690 doses chegaram ao estado.
Nesta quarta, segundo a pasta, há 5.766 doses do imunizante em estoque, o que impossibilita que ela seja a única usada como dose de reforço no território potiguar.
A secretaria informou que tem também 14.095 doses de Oxford/AstraZeneca em estoque e 2.250 doses de Janssen, que serão acrescidas à campanha.
Nesta quinta-feira (3), outras 117.950 doses da Janssen serão enviadas pelo Ministério da Saúde para o Rio Grande do Norte. Todas elas serão usadas para doses de reforço, segundo a Sesap.
6 milhões de vacinas aplicadas
O Rio Grande do Norte atingiu nesta semana a marca de 6 milhões de vacinas aplicadas contra a Covid desde o início da campanha de imunização, em janeiro de 2021, segundo o governo do Estado.
Ao todo, 86% da população do RN tomou um dose da vacina e 77% do público tomou duas doses, com 26% tendo o reforço vacinal. Entre os adultos a cobertura é de, respectivamente, 91%, 85% e 31%.
A imunização entre cinco e onze anos de idade, última faixa etária a iniciar o processo de vacinação, alcançou até agora mais de 43 mil crianças com a primeira dose.
Momento atual
O estado atualmente tem o momento de maior transmissibilidade da Covid desde o início da pandemia, mas com a menor taxa de letalidade na proporção do comparativo com a quantidade de contaminados. Os dados foram levantados pelo Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (Lais) da UFRN.
O estado teve um aumento de 603% novos casos conhecidos de Covid em janeiro em comparação com o mês de dezembro. O número de mortes aumentou 78%.
O crescimento de casos também fez crescer o número de internações, fazendo o estado abrir novos leitos clínicos e críticos. Na maior UTI do estado, 95% do pacientes não tem a vacinação completa contra Covid.
Fonte: g1
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