O Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul (MP-MS), denunciou à Justiça, o militar da Aeronáutica Tamerson Ribeiro Lima de Souza, de 31 anos, pela morte da esposa, Natalin Nara Garcia de Freitas Maia, 22 anos, em Campo Grande.
Conforme a denúncia, entregue à Justiça dia 18, Tamerson matou Natalin por motivo torpe, por asfixia e na presença da filha dela, menor de idade, e ainda escondeu o corpo, ao colocá-lo no porta-malas do carro da família e depois jogá-lo em um matagal, às margens da BR-060, onde foi encontrado no dia 6 de fevereiro.
Caso a Justiça aceite as acusações, o segundo sargento da Força Aérea passa a ser réu e pode ser levado a júri popular pela morte da estudante de enfermagem.
Feminicídio
Tamerson foi preso em casa, um dia após o corpo de Natalin ter sido encontrado. Investigadores estiveram na residência do casal, e o marido alegou que a esposa havia ido embora de casa. De acordo com a polícia, antes mesmo de mencionarem que o corpo havia sido encontrado, a filha da vítima, de 4 anos, relatou que o pai disse à ela, que a mãe teria passado mal e morrido no hospital.
Durante a diligência, a criança ainda afirmou que viu o pai guardando o telefone de Natalin em cima do guarda-roupas. Ao verificar o aparelho, os policiais encontraram mensagens de Natalin, supostamente se despedindo.
Diante dos indícios de feminicídio, Tamerson confessou que havia matado a esposa.
Os dois eram casados desde 2016 e, conforme a polícia, após matá-la, Tamerson se passou pela jovem e respondeu às amigas dela nas redes sociais, para despistá-las do desaparecimento e evitar que procurassem a polícia. De acordo com as investigações, o suspeito vendeu o celular da vítima por R$ 3 mil horas após o crime.
Versão dele
Ao detalhar o crime, Tamerson contou que na madrugada de sexta (4), Natalin chegou por volta das 2 horas da madrugada embriagada e o casal acabou brigando. Segundo ele, para conter a esposa aplicou um 'mata-leão' nela, mas acabou matando a vítima.
Natalin caiu desacordada e Tamerson teria tentado acordá-la, mas acabou percebendo que a jovem estava morta. O militar, então, a teria enrolado em um lençol e colocado o corpo dentro do porta-malas do carro. Ao amanhecer, levou a filha para a escola, com o corpo escondido no carro. Depois foi até a rodovia, onde desceu, retirou o corpo e o arrastou até o matagal, onde o abandonou.
De acordo com boletim de ocorrência, Natalin Nara Garcia foi morta por meio de asfixia por estrangulamento na sexta-feira (4), sendo que o corpo foi abandonado às margens da BR-060 no dia seguinte.
Nota da FAB
A Força Aérea Brasileira (FAB) informou por meio de nota que Tamerson faz parte do efetivo, em Campo Grande, "e encontra-se sob custódia da organização militar, à disposição da justiça, conforme previsto em lei".
Ainda na nota, a FAB lamentou o caso e disse estar acompanhando a apuração dos fatos, "bem como colaborar com as autoridades policiais".
Fonte: g1
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