A Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) da Polícia Civil começou nesta segunda-feira (21) a coleta de material genético (DNA) para a identificação de corpos do temporal de Petrópolis.
O exame, que compara o DNA dos familiares com os corpos sem identificação no IML, pode levar de 45 a 60 dias para ficar pronto.
"Tenho uma limitação de espaço onde eu tenho que obedecer regras de descontaminação. Então, em média, a gente dá de 45 a 60 dias para todo mundo. Pode ser que saia antes, mas de um modo geral, a gente dá de 45 a 60 dias porque não sabemos o tipo de material que vai chegar para gente", explica o perito Marcelo Martins, que está trabalhando na região.
Ele explicou ainda que a coleta é rápida e indolor, feita através da raspagem da mucosa oral – que são células do céu da boca.
"Os melhores doadores são aqueles que têm vínculo em primeiro grau. Pai e mãe, ou então filho, desde que tenham o mesmo pai e a mesma mãe. Partiu daí pra trás, avós ou netos, fica mais difícil e o nossa realidade estatística começa a diminuir", explicou o perito Marcelo Martins.
Até às 15h30 desta segunda (21), 23 famílias agendadas para realizar o exame foram atendidas no Clube Petropolitano, próximo à Praça da Liberdade e do centro histórico da cidade, na Região Serrana.
A expectativa é de que os peritos da polícia consigam chegar ao número de 30 famílias atendidas por dia, o que pode agilizar a identificação dos corpos que estão no Instituto Médico Legal (IML) da região.
A delegada Ellen Souto, titular da DDPA, diz que o exame pode ser fundamental para que mães localizem filhos menores de idade, que ainda não fizeram coleta de digitais.
"Horrível. Muitas mães com filhos desaparecidos. Muitos pais procurando os filhos. É bem chocante. Muito impactante", diz sobre a tragédia de Petrópolis – a maior já registrada no município .
Fonte: g1
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