A preocupação citada por Ion de Andrade se refere à quantidade de pessoas que não completaram o esquema vacinal ou que não receberam nenhuma dose da vacina anticovid no Rio Grande do Norte. O último levantamento do LAIS/UFRN, divulgado na quarta-feira (9), mostra que 198 mil potiguares não voltaram aos postos de imunização para receber a D2, enquanto que 675 mil estão com a D3 atrasada. O grupo de 18 a 29 anos é o que mais está com a D2 em atraso, com 68 mil pessoas. Já em relação a D3, o grupo mais atrasado é o da faixa etária entre 40 a 49 anos, com 164 mil potiguares.
A Secretaria de Estado de Saúde Pública do RN (Sesap) estima que 89% da população recebeu pelo menos uma dose do imunizante (2.837.677 cidadãos), enquanto 78% está totalmente vacinada (2.479.382 cidadãos). Os dados do RN Mais Vacina apontam ainda que 330 mil pessoas aptas a se vacinarem não receberam nenhuma dose do imunizante. Segundo Ion de Andrade, a vacinação foi o principal fator atenuante dos óbitos e hospitalizações durante a onda da ômicron no RN.
“O que diminui a gravidade da doença é a vacinação completa. São as duas doses enquanto dura o período das duas doses e depois a dose de reforço para completar o ciclo. Isso tem sido, mundialmente, a grande defesa das pessoas contra formas graves da covid, mesmo pela variante ômicron. A variante ômicron ela é menos agressiva do que as outras, mas não tão menos. Estima-se que ela possa ter uma capacidade entre 60% e 80% de produzir formas graves. Se não fosse a vacina nós estaríamos muito pior. Isso mostra a força da vacina”, acrescenta.
À TN, a Sesap informou que ainda está fazendo um levantamento do percentual de pessoas internadas que não receberam nenhuma dose da vacina ou que estão com o esquema incompleto. No fim de janeiro passado, a unidade referência para tratamento de doenças infectocontagiosas, o Hospital Giselda Trigueiro, em Natal, registrava 19 pessoas internadas em leitos críticos covid, das quais 18 estavam com o esquema vacinal incompleto.
Números: Taxa de letalidade por mês desde o início da pandemia
Março/20 - 0,99%
Abril/20 - 2,18%
Maio/20 - 2,14%
Junho/20 - 2,88%
Julho/20 - 3,38%
Agosto/20 - 2,71%
Setembro/20 - 1,58%
Outubro/20 - 1%
Novembro/20 - 0,59%
Dezembro/20 - 1,66%
Janeiro/21 - 1,51%
Fevereiro/21 - 1,54%
Março/21 - 2,16%
Abril/21 - 2,37%
Maio/21 - 1,46%
Junho/21 - 2,02%
Julho/21 - 2,05%
Agosto/21 - 2,19%
Setembro/21 - 1,93%
Outubro/21 - 0,86%
Novembro/21 - 1,34%
Dezembro/21 - 1,32%
Janeiro/22 - 0,22%
Fevereiro/22 - 0,80% (até esta segunda, 14)
Fonte: Tribuna do Norte
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