Pelo menos cinco cidades do Rio de Janeiro tem cobrado termo de responsabilidade para pais e responsáveis vacinarem crianças de 5 a 11 anos contra Covid. São elas:
Araruama
Itaguaí
Japeri
Nilópolis
Mangaratiba
A exigência está em desacordo com o que determina a Anvisa e o Ministério da Saúde. O caso foi exibido no RJ1 e, depois da reportagem, algumas prefeituras voltaram atrás.
É o caso de Nilópolis, onde a empregada doméstica Solange Alves da Silva foi vacinar uma neta na terça-feira (25) e outra na quarta (26). De um dia pro outro, a situação mudou.
"Assinei ontem pra minha outra neta, hoje não precisou. Eu não achei normal, mas tinha que assinar, eu assinei (ontem). Hoje, não pediram nada", relatou.
A Prefeitura disse, em nota, que o documento era apenas para garantir que a criança estivesse acompanhada de pais ou responsáveis e que aboliu o termo.
Em Japeri, a exigência continua. "Para garantir a vacinação, as crianças precisam estar acompanhadas do responsável e apresentar uma autorização assinada pelo mesmo", diz o site da administração municipal.
A medida tem sido criticada por moradores. "Isso só atrapalha e aglomera mais gente num posto de saúde que já está lotado", escreveu um.
Em Araruama, a cobrança continua. A Prefeitura informou que está exigindo o termo para a Secretaria de Saúde ter maior controle e para que, futuramente, o responsável não acuse a secretaria de ter dado a vacina sem autorização. Mas disse que a vacina pode ser aplicada sem a assinatura.
Em Mangaratiba, a burocracia é ainda maior. Os pais também precisam realizar o agendamento, além de assinar o termo de autorização. A Prefeitura disse que anulou o pedido.
Em Itaguaí, uma mãe diz que foi pressionada a desistir e que a agente de saúde sinalizou que era contra a vacinação infantil.
"A cereja do bolo foi quando uma mãe perguntou se ela vacinaria o filho dela e ela deixou implícito que não vacinaria o filho. Foi horrível, um terrorismo. Minha filha tomou a vacina e não teve reação nenhuma. Está linda e feliz por ter tomado a vacina".
A Prefeitura de Itaguaí alega que só cobra o termo de responsabilidade quando a criança está sem os pais ou o responsável.
As Defensorias Públicas da União e do Estado recomendaram conjuntamente o fim da exigência.
Fonte: g1
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