O Brasil vive uma uma nova onda de infecções da doença. Nesta sexta-feira (7), o país registrou 53.419 novos diagnósticos da Covid-19 e 148 mortes. Com isso, a média móvel de casos nos últimos 7 dias foi a 23.338 — a maior registrada desde 24 de setembro do ano passado (quando estava em 32.038).
Apesar do aumento, o país ainda enfrenta dificuldades de traçar um quadro exato da situação da pandemia no país devido à escassez de testes e ao recente apagão de dados oficiais (veja mais abaixo).
"O Ministério da Saúde vai distribuir mais 28,2 mi de testes rápidos de antígeno para detecção da COVID-19 ainda em janeiro. Nas próximas duas semanas serão 13 milhões. Desde setembro, distribuímos 31,6 milhões de testes rápidos para os Estados e municípios. Todos os pedidos estão atendidos", diz a publicação.
O teste de antígeno tem um resultado rápido, cerca de 15 minutos. No entanto, especialistas alertam que um resultado negativo nesse tipo de exame não significa que a pessoa não está com a Covid-19, principalmente, se ela apresentar sintomas gripais.
De acordo com o infectologista da rede de saúde integrada Dasa e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Alberto Chebabo, se a pessoa apresentar sintomas e receber um teste negativo, o ideal é confirmar o resultado com um teste PCR ou repetir o teste de antígeno em 1 ou 2 dias.
"Um teste de antígeno negativo numa pessoa sintomática não afasta o diagnóstico. É melhor a pessoa repetir ou um PCR, para ter mais certeza, ou um teste de antígeno 24 horas depois", disse Chebabo.
Apagão de dados
Em dezembro, o Ministério da Saúde informou ter sofrido um ataque hacker. O site da pasta e o aplicativo e a página do ConecteSUS – plataforma que mostra comprovantes de vacinação contra a Covid-19 – foram invadidos.
A partir de então, estados e municípios passaram a enfrentar dificuldades para extrair informações sobre a doença dos sistemas oficiais. A divulgação dos dados só começou a ser normalizada nesta terça-feira (4).
Fonte:. g1
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