Uma onda de calor matou cerca de 400 mil galinhas no Uruguai entre quinta-feira (13) e sábado (15), informou a Associação Sul de Produtores de Aves (Apas) do país.
As perdas representam entre 10% e 20% da produção nacional, disse o presidente da instituição, Joaquim Fernández, ao canal de televisão local Subrayado. Na entrevista, Fernández afirmou que, em 43 anos no setor, nunca viu algo parecido acontecer.
Na sexta-feira (14), o país registrou a maior temperatura da sua história, 44°C na cidade de Florida, segundo o Instituto Uruguaio de Meteorologia (Inumet). Em uma das cidades afetadas, Canelones, a sensação térmica ao nível de solo chegou a 57°C, apontou o jornal local El Observador.
As altas temperaturas acabaram matando as galinhas, pois elas não possuem glândulas sudoríparas, que permitem suar. Com isso, ficam com dificuldade para respirar, explicou Fernández.
De acordo com o presidente da Apas, o prejuízo para os produtores será de aproximadamente US$ 1 milhão. Ainda assim, não deve haver desabastecimento e o aumento do preço dos ovos será mínimo, declarou.
Uma das produtoras afetadas, Andrea Vidal, contou ao El Observador que perdeu 25% dos seus animais. Ela relata que foi preciso coletar os corpos manualmente e que as aves se decompõem muito rápido, ficando com um cheiro forte, que causa ânsia de vômito.
De acordo com o jornal, o Ministério da Pecuária, Agricultura e Pescas (Mgap) do Uruguai informou que poderão ser adotadas medidas de assistência aos criadores afetados.
Fonte: g1
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