Drones foram usados na sexta-feira (14) para lançar água sagrada do rio Ganges em milhares de peregrinos, com o objetivo de tentar conter uma multidão reunida para o festival hindu Gangasagar Mela, no leste da Índia.
A aglomeração por causa do evento pode se tornar um perigoso propagador da Covid-19. As autoridades já admitiram que não vão ser capazes de conter os peregrinos, a maioria sem máscara, que vão ao rio para banhos rituais.
"A maioria dos peregrinos está disposta a desafiar as normas contra a Covid-19", disse um policial ouvido pela AFP.
"Eles acreditam que Deus os salvará e que o banho no afluente [do Ganges] os purificará de todos os pecados, até do vírus, se estiverem contaminados", acrescentou.
Embora a variante ômicron esteja se espalhando rapidamente na Índia, um tribunal de Calcutá autorizou, na semana passada, a celebração do Gangasagar Mela na ilha de Sagar. Ela fica na foz do rio Ganges, no estado de Bengala Ocidental, no leste do país.
A Índia registrou mais de 260.000 novas infecções e 315 mortes por coronavírus nas últimas 24 horas.
No auge da pandemia, em maio passado, a Índia registrava mais de 400.000 novos contágios e cerca de 4.000 mortes por dia, em meio a cenas traumatizantes em hospitais, lotados de pacientes.
Hoje, a Índia parece mais bem preparada para resistir à ômicron do que na primavera passada, quando a variante delta causou mais de 200.000 mortes em poucas semanas.
Essa terrível onda epidêmica surgiu após o festival Kumbh Mela, uma das maiores congregações religiosas do mundo, com a participação de cerca de 25 milhões de hindus.
Assim como o Kumbh Mela, Gangasagar Mela atrai fiéis de todo norte da Índia, que viajam a bordo de trens, ônibus e barcos lotados para chegar à ilha. Estas condições aumentam a probabilidade de contágio da ômicron, uma variante do coronavírus altamente contagiosa.
Fonte: France Presse
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