O vice-presidente, Hamilton Mourão, disse nesta terça-feira (18) que o espaço Orçamentário para conceder aumento a diferentes categorias de servidores é pequeno e que o presidente Jair Bolsonaro ainda não bateu o martelo sobre o reajuste a agentes de saúde e segurança.
O Congresso aprovou no final de 2021 o Orçamento Federal com reserva de R$ 1,7 bilhão para reajuste a carreiras da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
Além desses, o texto trouxe a previsão de um incremento de R$ 800 milhões para o custeio do reajuste do piso salarial para agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias.
"Não sei nem se o presidente vai conceder isso aí [aumento para segurança e saúde]. Vamos aguardar. O presidente não bateu o martelo sobre isso aí ainda e o espaço orçamentário é muito pequeno", afirmou.
A previsão de reajuste para as carreiras fez com que servidores de outras áreas também pleiteassem aumento para suas funções. Fiscais da Receita se demitiram em protesto. Questionado sobre a extensão do aumento para outras carreiras, Mourão disse que “não tem espaço no orçamento para isso".
Protestos
Na semana passada, servidores públicos fizeram uma manifestação para pedir a reestruturação de carreira e reajuste salarial.
Os manifestantes protestaram em frente ao edifício-sede do Banco Central, no Setor Bancário Sul, em Brasília. O presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central, Fábio Faiad, informou que a categoria busca reajuste de 26,3%.
Segundo o blog da Andréia Sadi, Diante da pressão de outras categorias por reajuste salarial, além de ameaça de paralisações, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem sido aconselhado por integrantes do Ministério da Economia a recuar do reajuste salarial prometido a policiais no final de 2021.
Conforme o blog apurou, o ministro Paulo Guedes tem repetido a políticos bolsonaristas, que defendem o reajuste como gesto à categoria que é vista como base do presidente, que não é hora de dar reajuste salarial a ninguém.
Fonte: g1
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