A China confinou, nesta terça-feira (11), os cinco milhões de habitantes da cidade de Anyang (centro) para conter um surto da contagiosa variante ômicron da Covid-19, informou a imprensa estatal.
As autoridades de Anyang anunciaram a medida na noite de segunda-feira, quando ordenaram que os moradores permaneçam em casa e não circulem em veículos particulares, de acordo com a agência oficial de notícias Xinhua.
A rede estatal CCTV relatou 58 novos casos em Anyang na terça-feira, embora não esteja claro quantos deles estão associados à variante ômicron. O número total de infecções na cidade subiu para 84 desde sábado (8).
Todos os estabelecimentos comerciais não essenciais foram fechados, e foi lançada uma campanha de testes em massa "para responder à severa situação de controle epidêmico e evitar, estritamente, a propagação do surto do vírus ômicron", publicou a agência.
Os casos de Anyang estão ligados a um foco contagioso na cidade de Tianjin, no norte, a 400 km de distância.
Localizada na província de Henan, Anyang já havia restringido as viagens fora de seus limites para, segundo as autoridades, "garantir que o surto não se espalhe" para as áreas vizinhas.
Covid zero
A China segue uma política de "Covid zero", baseada em fechamentos seletivos, restrições de fronteiras e quarentenas prolongadas.
Sua estratégia se viu pressionada por um surto em Xi'an, o maior desde março de 2020 no país, devido ao surgimento da variante ômicron. Esta cidade enfrenta sua terceira semana de quarentena para erradicar o surto que acumula cerca de 2.000 casos.
As autoridades estão particularmente alertas, com a proximidade dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim. O evento acontece de 4 a 20 de fevereiro.
Na região de Henan, próxima a Xi'an, pelo menos três cidades enfrentam surtos do coronavírus.
A capital da província de Zhengzhou fechou escolas e restaurantes, e a cidade de Yuzhou determinou, na semana passada, o confinamento de sua população de 1 milhão de habitantes.
Em outras partes do país, Tianjin, uma cidade portuária a 150 km de Pequim, proibiu a saída de seus moradores sem permissão das autoridades, além de determinar testes de detecção do coronavírus para seus 14 milhões de habitantes.
Fonte: France presse
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