Páginas

terça-feira, janeiro 11, 2022

Brasil registra mais de 34 mil novos casos conhecidos de Covid em 1 dia; média móvel é a maior desde julho de 2021

O Brasil registrou nesta segunda-feira (10) 34.215 novos casos conhecidos de Covid-19 nas últimas 24 horas, chegando ao total de 22.556.525 diagnósticos confirmados desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de casos nos últimos 7 dias foi a 36.227 - a maior registrada desde 29 de julho do ano passado (quando estava em 44.974). Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +617%, indicando tendência de alta nos casos da doença.


Especialistas acreditam que o alto índice de contaminação pela variante ômicron ainda não aparenta estar completamente refletido nos números de novos casos conhecidos --que é como o consórcio passa agora a chamar os novos registros. Eles reforçam a importância dos testes, assim como das medidas de isolamento em caso de sintomas e após o diagnóstico positivo. Também apontam que, por conta do apagão de dados e instabilidade nos sistemas do Ministério da Saúde, cientistas não conseguem estimar a exata gravidade deste momento da pandemia no país.



Em seu pior momento, a curva da média móvel nacional chegou à marca de 77.295 novos casos diários, no dia 23 de junho de 2021.


Os números estão no novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil, consolidados às 20h. O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.


O país também registrou 111 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 620.142 óbitos desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias foi a 128. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +17%, indicando tendência de alta nos óbitos decorrentes da doença.


Evolução da média móvel de óbitos por Covid no Brasil nos últimos 14 dias. A variação percentual leva em conta a comparação entre os números das duas pontas do período — Foto: Editoria de Arte/g1


Veja a sequência da última semana na média móvel de óbitos:


Terça (4): 96

Quarta (5): 98

Quinta (6): 101

Sexta (7): 110

Sábado (8): 120

Domingo (9): 123

Segunda (10): 128

Em 31 de julho, o Brasil voltou a registrar média móvel de mortes abaixo de 1 mil, após um período de 191 dias seguidos com valores superiores. De 17 de março até 10 de maio, foram 55 dias seguidos com essa média móvel acima de 2 mil. No pior momento desse período, a média chegou ao recorde de 3.125, em 12 de abril.


Seis estados não tiveram registro de morte neste domingo: AC, AP, MG, RJ, RR, e SE.


Instabilidade do sistema

Os estados começaram a normalizar na terça-feira (4) a divulgação de números de Covid-19 no Brasil após o apagão de dados do Ministério da Saúde.


Em 12 de dezembro, o ministério informou que o processo para recuperação dos registros dos brasileiros vacinados contra a Covid-19 foi finalizado, sem perda de informações. Mas, no dia seguinte, o ministro Marcelo Queiroga disse que houve um novo ataque hacker. A previsão inicial de estabilização dos sistemas, de 14 de dezembro, não foi cumprida.



O ministério informou que quatro de suas plataformas foram reestabelecidas ainda em dezembro; afirmou que, na sexta (7), normalizou a integração entre os sistemas locais e a rede nacional de dados, e que o retorno do acesso às informações tem sido gradual.


Segundo a pasta, a instabilidade no sistema não interferiu na vigilância de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, como a Covid. É o oposto do que dizem os pesquisadores.


"A gente não consegue planejar a abertura de novos serviços hospitalares, de centros de testagem, abertura de novos leitos e entender as regiões onde o impacto da nova variante é maior", diz Julio Croda, infectologista e pesquisador da Fiocruz.



"A gente não viu a evolução e a chegada da ômicron. Ela não apareceu de repente no Ano Novo. Ela entrou ao longo do mês de dezembro, e a gente estava completamente em voo cego ali, porque não tinha dado nenhum; a gente não viu os dados crescerem", afirma o professor Marcelo Medeiros, fundador do Covid-19 Analytics. Ele interrompeu o serviço que auxilia autoridades a tomarem decisões em meio à pandemia.


Fonte: g1

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!