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quarta-feira, janeiro 26, 2022

Brasil bate 8º recorde seguido na média móvel de casos conhecidos de Covid em 24 horas, com 159,7 mil; média de mortes é maior desde outubro

O Brasil registrou nesta terça-feira (25) 199.126 novos casos conhecidos de Covid-19 em 24 horas, chegando ao total de 24.334.072 diagnósticos confirmados desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de casos nos últimos 7 dias foi a 159.789 - a maior marca registrada até aqui e marcando o oitavo recorde seguido. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +203%, indicando tendência de alta nos casos da doença.


Brasil, 25 de janeiro

Total de mortes: 623.901

Registro de mortes em 24 horas: 489

Média de novas mortes nos últimos 7 dias: 332 (variação em 14 dias: +170%)

Total de casos conhecidos confirmados: 24.334.072

Registro de casos conhecidos confirmados em 24 horas: 199.126

Média de novos casos nos últimos 7 dias: 159.789 por dia (variação em 14 dias: +203%)


Média de móvel de casos conhecidos — Foto: Arte g1


O país também registrou 489 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 623.901 óbitos desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias é de 332 -- a maior registrada desde 28 de outubro do ano passado. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +170%, indicando tendência de alta nos óbitos decorrentes da doença.


Acre, Goiás e Roraima não registraram mortes por Covid nas últimas 24 horas.


Média móvel de mortes — Foto: Arte g1


Dessa forma, a média móvel de vítimas atinge agora um patamar acima do que estava às vésperas do ataque hacker que gerou problemas nos registros em todo o Brasil, ocorrido na madrugada entre 9 e 10 de dezembro (leia mais abaixo). Na época, essa média indicava 183 mortos pela doença a cada dia.


Os números estão no novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil, consolidados às 20h. O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.


Instabilidade nos sistemas

Após o apagão de dados do Ministério da Saúde, os estados começaram a normalizar a divulgação de números de Covid-19 no Brasil no dia 4 de janeiro.


Em 12 de dezembro, o ministério informou que o processo para recuperação dos registros dos brasileiros vacinados contra a Covid-19 após ataque hacker foi finalizado, sem perda de informações. Mas, no dia seguinte, o ministro Marcelo Queiroga disse que houve um novo ataque hacker. A previsão inicial de estabilização dos sistemas, de 14 de dezembro, não foi cumprida.



No início de janeiro, o ministério informou que quatro de suas plataformas foram reestabelecidas ainda em dezembro; afirmou que, no dia 7 de janeiro, normalizou a integração entre os sistemas locais e a rede nacional de dados, e que o retorno do acesso às informações estava sido gradual.


Segundo a pasta, a instabilidade no sistema não interferiu na vigilância de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, como a Covid. É o oposto do que dizem pesquisadores.


"A gente não consegue planejar a abertura de novos serviços hospitalares, de centros de testagem, abertura de novos leitos e entender as regiões onde o impacto da nova variante é maior", diz Julio Croda, infectologista e pesquisador da Fiocruz.



"A gente não viu a evolução e a chegada da ômicron. Ela não apareceu de repente no Ano Novo. Ela entrou ao longo do mês de dezembro, e a gente estava completamente em voo cego ali, porque não tinha dado nenhum; a gente não viu os dados crescerem", afirma o professor Marcelo Medeiros, fundador do Covid-19 Analytics. Ele interrompeu o serviço que auxilia autoridades a tomarem decisões em meio à pandemia.


Curva de mortes nos estados

Em alta (21 estados e o DF): PR, RS, SC, ES, MG, RJ, SP, DF, GO, MS, MT, AC, AM, AP, AL, BA, CE, MA, PB, PI, RN e SE

Em queda (2 estados): PA e RO

Em estabilidade (3 estados): RR, TO e PE

Essa comparação leva em conta a média de mortes nos últimos 7 dias até a publicação deste balanço em relação à média registrada duas semanas atrás (entenda os critérios usados pelo g1 para analisar as tendências da pandemia).


Vale ressaltar que há estados em que o baixo número médio de óbitos pode levar a grandes variações percentuais. Os números de médias móveis são, em geral, em números decimais e arredondados para facilitar a apresentação dos dados. Já a variação percentual para calcular a tendência (alta, estabilidade ou queda) leva em conta os números não arredondados.


Fonte: g1

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