O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira (10), em uma entrevista à Jovem Pan, que algumas reformas econômicas que tramitam no Congresso Nacional não devem avançar em 2022.
Bolsonaro afirmou que anos eleitorais são "difíceis" e que "não tem negociação". O presidente disse ainda que "gostaria que a reforma administrativa" avançasse, mas que parlamentares não desejarão "pagar o preço" para votar temas polêmicos neste ano.
A reforma administrativa foi enviada ao Congresso em setembro de 2020 e tem como objetivo alterar as regras para os futuros servidores dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário da União, estados e municípios. A proposta foi aprovada por um comissão especial da Câmara dos Deputados, em setembro de 2020, mas ainda não foi enviada ao plenário da casa.
"A gente gostaria que a reforma administrativa avançasse, por exemplo, mas eu tenho sete mandatos de deputado federal e nesses anos onde existem as eleições para presidente, para senadores, para deputados também são anos difíceis, não tem negociação", disse Bolsonaro.
"O parlamentar no final das contas ele vê aonde é que ele vai pagar um preço com aquele voto, contrário ou favorável a tal proposta. Então, muito difícil que qualquer proposta siga dentro do parlamento que possa despertar qualquer sentimento outro junto ao eleitorado brasileiro", afirmou o presidente.
Outra reforma estruturante que tramita no Congresso Nacional é a tributária. Enviada pelo governo ao legislativo em 2020, a proposta foi fatiada em diferentes projetos. Ela propõe uma série de mudanças, entre elas, alterações nas regras do Imposto de Renda e em tributações referentes ao consumo (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS).
Bolsonaro afirmou ainda que em ano eleitoral "pouquíssima coisa anda" e que espera que projetos aprovados em, pelo menos, uma das casas do Congresso consigam avançar em 2022. O presidente disse ainda que a economia poderia ter ido "melhor com algumas reformas", mas que acredita que o ano terminará com número positivos para o Produto Interno Bruto (PIB).
"Agora, é isso aí, é ano eleitoral pouquíssima coisa anda. A gente espera que o que esteja no parlamento no momento, já tenha aprovado em uma das duas casas, prossiga. Novas propostas eu acho muito difícil. Agora, a economia eu acho que vai, podia ir melhor com algumas reformas, mas eu acho que terminaremos o corrente ano com números positivos para o nosso PIB", disse Bolsonaro.
Fonte: g1
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