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quinta-feira, janeiro 13, 2022

Após número de internados dobrar, governo de SP recomenda limitar a 70% o público em eventos e exigir comprovante de vacinação

Após número de internados por Covid-19 dobrar no estado, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), recomendou que eventos musicais e festas sejam realizados com 70% do público e mediante comprovante de vacinação.


A medida foi anunciada em coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (12) como orientação às prefeituras do estado, e não como uma determinação.


No caso dos estádios, no entanto, é uma regra: a limitação de até 70% público será aplicada a partir do dia 23 de janeiro, quando começa o Campeonato Paulista.



"O campeonato paulista com público é uma orientação do governo, portanto é uma determinação que deverá ser seguida pelas federações esportivas, seja de futebol, seja de qualquer outra prática e começa a valer a partir de 23 de fevereiro, domingo, exatamente para que o Campeonato Paulista de futebol tenha, na primeira rodada, essa limitação", afirmou Doria.


Não haverá limitação, no entanto, para o público dos jogos da Copinha, torneio que já está acontecendo no estado.


Apesar do crescimento de contaminação pela variante ômicron, a gestão de João Doria descarta ampliar restrições para comércios e serviços e condiciona às gestões municipais a implementação e fiscalização.


“A sugestão do governo do estado para os municípios é que faça redução de 30% na capacidade de público nesses eventos, mas deixa em aberto que isso fica a critério dos municípios, dependendo da situação epidemiológica dos municípios, esse percentual pode ser alterado para mais”, disse João Gabbardo, médico e integrante do comitê de saúde.


Durante a coletiva, o governo também anunciou a prorrogação da obrigatoriedade do uso de máscaras até o dia 31 de março.


Governo de SP anunciou nesta quarta novas recomendações para conter Covid no estado — Foto: ANDRÉ RIBEIRO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO


Alta na contaminação

O total de internados em enfermarias no estado subiu de 1.712 no dia 29 de dezembro para 3.413 no dia 11 de janeiro.


Já o total de pacientes em UTI subiu 58% no mesmo período, de 1.096 para 1.727.


Média móvel

A média móvel de pacientes internados em UTI está, atualmente, em 1.400. Há uma semana, ela era de 1.098, aumento de 28%.


Na enfermaria, a média de internados também aumentou: passou de 1.641 para 2.567 em uma semana, crescimento de 56%.



Nesta terça-feira (11), havia 1.727 pessoas internadas e leitos de UTI no estado, e 3.413 em enfermaria.


Com isso, a ocupação de leitos de UTI subiu dois pontos percentuais de segunda para terça: de 35% para 37%.


Divergência entre estado e Prefeitura de SP

Apesar de os dados de internados ainda serem passíveis de análise, o g1 divulgou nesta terça (11) que a Prefeitura de São Paulo contabilizou nos seis primeiros dias de janeiro mais casos de Covid-19 do que os divulgados pela secretaria da Saúde para todo o estado no mesmo período.


A discrepância indica que as informações para acompanhamento da pandemia ainda estão prejudicadas pelo apagão nos sistemas do Ministério da Saúde, porque os dados do estado deveriam superar os registrados apenas na capital.


Crescimento após seis meses de queda

A média móvel de pacientes internados com Covid-19 nas UTIs no estado de São Paulo voltou a crescer no final de dezembro, após 6 meses de queda.


A média de pacientes internados em UTI caiu mês a mês ao longo do segundo semestre deste ano. Em junho, havia 11 mil internados nessas unidades. O número passou para 3 mil em agosto, então para 1.600 em outubro, e 1.000 em novembro. Em 30 de dezembro, a média de internados era de 1.014.



No entanto, segundo dados da Fundação Seade, desde o dia 22 de dezembro, o índice voltou a crescer.


Recorde de casos

Uma estimativa da Prefeitura de São Paulo divulgada na quinta-feira (6) aponta que o número de casos de síndrome gripal com confirmação laboratorial para Covid-19, ou seja, de pacientes com sintomas leves de coronavírus na cidade, pode ser atualmente o dobro do registrado no pico da pandemia de coronavírus, em abril de 2021, recorde até então.


O levantamento faz parte do estudo que baseou a decisão da gestão municipal de cancelar o carnaval de rua na cidade neste ano.


Fonte: g1

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