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quinta-feira, fevereiro 25, 2021

Covid-19: RN volta a bater recorde de pacientes internados em leitos críticos desde o início da pandemia

Nesta quinta-feira (25) o Rio Grande do Norte voltou a bater o recorde de pacientes internados em leitos críticos com Covid-19 desde o início da pandemia. Ao todo, 416 pessoas estão internadas em tratamento intensivo da doença em leitos públicos e privados no estado.


RN volta a bater recorde de pacientes internados em leitos críticos desde o início da pandemia - Foto de arquivo — Foto: Aldemir de Moraes


Na última terça (23) o RN chegou a ter 388 pessoas internadas em leitos críticos. Antes, o maior número havia sido registrado em 28 de junho, quando 363 pessoas sofriam com o agravamento da Covid-19 nos hospitais do Rio Grande do Norte.


Os dados constam no boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).


De acordo com a governadora Fátima Bezerra, "Natal e a Região Metropolitana estão com a assistência de saúde colapsada".

O boletim epidemiológico da Sesap aponta que nesta quinta (25) os leitos críticos em hospitais particulares do estado atingiram 100% de ocupação, com 166 pacientes. Na rede pública, a ocupação é de 83,3%, com 250 internados em leitos críticos.


Ao todo, o RN tem 741 pacientes internados em leitos clínicos, UTIs e semi-intensivos. Esse também é o maior número desde o início da pandemia.


UPAS lotadas

Nesta quinta a Secretaria Municipal de Saúde de Natal informou que todas as quatro Unidades de Pronto-Atendimento (UPA) da capital operam acima da capacidade de atendimento. De acordo com a pasta, além de ter 100% de ocupação dos leitos, as unidades contavam com 15 pacientes confirmados por Covid-19 aguardavam uma regulação para leitos de UTI em hospitais nesta quinta.


A situação se repete nos hospitais privados. Uma idosa de 93 anos com insuficiência respiratória e suspeita de Covid-19 passou mais de 6 horas dentro de uma ambulância à espera de um leito para estabilização em um hospital privado de Natal, na manhã desta quinta-feira (25).


A paciente precisou ser intubada dentro da própria ambulância do Samu e a central chegou a mandar mais oxigênio porque o insumo da unidade móvel acabou. A mulher só conseguiu um leito por volta das 11h30.


O Rio Grande do Norte tem 163.515 casos confirmados de Covid-19. A doença vitimou 3.553 pessoas no estado até esta quinta (25). Outros 705 óbitos ainda seguem sob investigação no estado.


Fonte: G1

'Natal e Região Metropolitana estão com rede de saúde colapsada', diz governadora do RN

"Natal e a Região Metropolitana estão com a assistência de saúde colapsada e já estamos transferindo doentes para Mossoró, Caicó e Pau dos Ferros. Indago a vocês, vamos deixar o colapso chegar a todo o estado?”. A frase é da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), que admitiu nesta quinta-feira (25) que a Grande Natal entrou em colapso no sistema de saúde.


Hospital Giselda Trigueiro, em Natal, é um dos hospitais com 100% de ocupação nos leitos críticos — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi


A afirmação foi feita nesta tarde pela gestora durante o encerramento do ciclo de reuniões com os prefeitos e secretários de saúde dos 167 municípios para tratar da efetivação das medidas emergenciais de enfrentamento à Covid-19 e ações do Pacto pela Vida.


Durante essas reuniões, Fátima Bezerra cobrou medidas mais restritivas dos municípios para que o cenário não se repita em todo o estado e afirmou que atual quadro é resultado do comportamento social daqueles que não respeitaram as recomendações sanitárias.


"Agora a conta chegou e estamos articulando os prefeitos para que as medidas sanitárias e protetivas sejam efetivadas, pois são eles que têm a competência legal para disciplinar o funcionamento do comércio e serviços. E o momento exige, com urgência, adoção de medidas mais restritivas", disse.


A Grande Natal atualmente está com 90% de ocupação dos leitos críticos, segundo a plataforma Regula RN, que monitora as internações em tempo real. O Rio Grande do Norte tem 88% de ocupação. A consulta foi realizada às 17h30 desta quinta-feira (25).


Há atualmente na Grande Natal 27 pessoas na fila no aguardo de leitos semi-intensivos e de UTI, sendo que apenas 19 estão disponíveis.


Durante a reunião desta quinta-feira, a governadora disse ainda que solicitou uma audiência com o ministro da Saúde, Eduardo Pazzuelo, para tratar da abertura de novos leitos de UTI para o combate à pandemia do novo coronavírus no estado.


Apesar disso, reforçou que apenas a abertura de novos leitos não será suficiente. “Vamos continuar expandindo. Mas não vamos iludir a população que salvaremos vidas somente abrindo leitos ou receitando comprimidos que não tem eficácia comprovada", falou a governadora.


"Só há um jeito de combater a disseminação da Covid-19: pedir à população para não aglomerar e manter o isolamento e o distanciamento social”.

O estado bateu novamente nesta quinta-feira o recorde de pacientes em leitos críticos, com 416 pessoas internadas com o agravamento da doença. O número mais alto atingido na primeira onda havia sido de 363 pessoas, em 28 de junho.


Somado com os leitos clínicos, são 741 pacientes internados - também o maior número já visto durante toda a pandemia. Na primeira onda, o máximo atingido foi de 692.


Segundo o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), 100% dos leitos críticos na rede privada em todo o estado estão ocupados.


Alguns pacientes não têm conseguido sequer ser internados. Nesta quinta-feira, uma idosa de 93 anos precisou ser intubada dentro da ambulância depois de ficar cinco horas sem receber atendimento em um hospital particular.


Sem vagas na Grande Natal, os pacientes estão sendo transferidos de avião para o interior do estado. Pelo menos sete já foram internados em leitos em Caicó, Mossoró e Pau dos Ferros.


Além disso, há um crescimento de 60% na internação de pessoas abaixo dos 60 anos de idade. Atualmente, quase metade dos internados em leitos críticos não são idosos.


A superlotação dos hospitais na Grande Natal também se reflete nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), que já operam acima dos 100% de ocupação.


Urgência para restrições

O procurador do Ministério Público Federal (MPF), Vitor Mariz, cobrou urgência para adoção de medidas das prefeituras e resumiu a atuação situação como perigosa e aflitiva. "Duas novas cepas estão circulando no RN. O cenário é assustador e exige que todos assumam responsabilidades", disse.


"Pergunto aos prefeitos e secretários: o que vale mais, evitar aglomerações, festas, regulamentar horários de funcionamento de bares e casas de festas, que todo prefeito sabe onde acontecem, aproveitar o apoio que o Governo do Estado proporciona, ou daqui a duas ou três semanas contabilizar mortes e vítimas fechando tudo?”

Para a procuradora regional do Trabalho no Rio Grande do Norte (MPT/RN), Ileana Neiva Mousinho, é preciso que as empresas também monitorem e tomem medidas sanitárias necessárias para evitar surtos da doença. "Os serviços médicos das empresas são obrigados a fazer a vigilância epidemiológica junto com os municípios", disse.


Ela ainda cobrou uma vigilância maior nos municípios, com "tolerância zero com pessoas sem máscara nas ruas". "Rastrear casos, sua origem, os contatos das pessoas contaminadas, inclusive nas empresas. Mapear o entorno da pessoa que tem ou teve Covid. Isso é determinante para sairmos deste problema enorme que enfrentamos", falou.


Fonte: G1

Mais 19,4 mil doses da vacina CoronaVac chegam ao Rio Grande do Norte

O Rio Grande do Norte recebeu na tarde desta quinta-feira (25) um novo lote de vacinas com mais 19,4 mil doses da CoronaVac. O voo desembarcou por volta das 15h30 no Aeroporto de Natal.


Lote com mais de 19 mil vacinas CoronaVac desembarcaram no RN — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi


A previsão inicial era de que esse lote chegasse ao estado na quarta-feira (24), porém foram enviadas pelo Ministério da Saúde apenas as 35,5 mil doses da vacina de Oxford/AstraZeneca.


Segundo a superintendência do MS no RN, a explicação é de que os lotes saem de estados diferentes, já que a CoronaVac é produzida em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo, e a vacina de Oxford com a Fiocruz, no Rio de Janeiro.


As novas doses serão utilizadas para começar a vacinação de indígenas e também dos idosos a partir dos 80 anos no estado. O lote das 35,5 mil doses de Oxford começou a ser distribuído para os municípios do RN já nesta quinta-feira (25).


Vacinas CoronaVac serão distribuídas entre os 167 municípios — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi


Com a chegada deste novo lote, o RN já recebeu até o momento 230.240 doses de vacinas, entre Coronavac (163.240) e Oxford/AstraZeneca (67.000).


O primeiro lote da Coronavac chegou ao Rio Grande do Norte no dia 19 de janeiro.


Vacinas CoronaVac chegaram ao RN — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi


Fonte: G1

Assembleia Legislativa aprova projeto de lei que prevê multa para quem furar fila de vacinação contra Covid-19 no RN

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN) aprovou por unanimidade nesta quinta-feira (25) um projeto de lei que prevê multa quem furar fila durante a campanha de vacinação contra a Covid-19 no estado.


Projeto de lei foi aprovado por unanimidade na Assembleia Legislativa — Foto: João Gilberto


O projeto agora segue para sanção da governadora Fátima Bezerra (PT).


O projeto é de autoria do deputado estadual Hermano Morais (PSB) e prevê multas que variam de "10 mil a 20 mil Unidades Fiscais de Referência (UFIRs)" para quem desrespeitar o cronograma do Plano Estadual de Operacionalização para a Vacinação contra a Covid-19.


Cada UFIR no estado vale R$ 1, segundo decreto nº 29.483, publicado pelo Governo do RN no dia 5 de março de 2020. A multa é válida também para quem tentar beneficiar outra pessoa. Para servidores públicos, o valor é dobrado.


“A Assembleia Legislativa faz a sua parte para conter essa conduta gravíssima, que coloca em risco a saúde das pessoas que têm vacinação prioritária por pertencer a grupos mais vulneráveis, sendo a multa um instrumento pertinente para tanto”, falou Hermano Morais após a aprovação.


A multa do projeto de lei não exclui outras sanções de natureza civil ou penal. Os recursos adquiridos com as multas serão destinados ao Fundo Estadual de Saúde (FES/RN).


"Esperamos que isso não aconteça. Mas havendo aplicação da multa, esses recursos serão também aplicados no combate à Covid-19, inclusive para aquisição de mais vacinas. Esperamos que chegue logo para todos", disse o deputado.


Em relação aos servidores da Sesap, as multas são de um a cinco salários mínimos vigentes "para aquele que fraudar a ordem de preferência da vacinação contra a Covid-19, antecipando a imunização para si ou outrem, não integrando os grupos prioritários". Par servidores da administração, a pena é dobrada.


Fonte: G1

Centro de Enfrentamento à Covid-19 da Zona Oeste de Natal abre neste fim de semana

A Prefeitura de Natal informou que vai abrir o Centro de Atendimento para Enfrentamento a Covid-19 do Cemure, que fica na Zona Oeste de Natal, no sábado (27) e domingo (28). A decisão foi tomada por conta do aumento no número de casos da doença na capital potiguar.


Centro de Enfrentamento à Covid-19 no Cemure, em Natal — Foto: Divulgação


O atendimento no centro será das 8h às 16h. Para ser atendido, é preciso apresentar comprovante de residência de Natal e documento de identificação com foto. O Cemure fica na avenida Coronel Estevam, 397, bairro Nossa Senhora de Nazaré.


“Vamos monitorar como será a procura do Centro neste fim de semana, durante a semana faremos uma avaliação e decidiremos como será nos próximos finais de semana”, disse o secretário de Saúde de Natal, George Antunes.


O secretário disse ainda que os Centros de Enfrentamento à Covid-19 são de atendimento médico, "cabendo apenas ao médico a prescrição de testagem e dispensação de medicamentos".


A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) Natal reforçou também que os centros atendem casos leves suspeitos da doença, como tosse, febre ou dor de cabeça. Sintomas graves, como falta de ar, devem buscar atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA), que funcionam 24h por dia.


Com o aumento de casos, as UPAs, inclusive, estão operando acima da capacidade máxima.



A pasta pediu ainda que a população siga com os cuidados de distanciamento, uso de máscara e higienização das mãos.


Atualmente a população dispõe de três Centros de Atendimento para Enfrentamento à Covid-19, nas Zonas Norte, Leste e Oeste. Os locais funcionam de segunda à sexta-feira, das 8h às 16h.


Além disso, atendimentos podem ser feitos na capital potiguar em dez Unidades Básicas de Saúde (UBS) que funcionam em horário estendido até 19h na capital.


Fonte: G1

Idosa com suspeita de Covid-19 espera mais de 6 horas dentro de ambulância por leito em hospital privado de Natal

Uma idosa de 93 anos com insuficiência respiratória e suspeita de Covid-19 passou mais de 6 horas dentro de uma ambulância à espera de um leito para estabilização em um hospital privado de Natal, na manhã desta quinta-feira (25).


Idosa passou cerca de seis horas à espera de leito em hospital privado de Natal. — Foto: Anna Alyne Cunha/Inter TV Cabugi


A paciente precisou ser intubada dentro da própria ambulância do Samu e a central chegou a mandar mais oxigênio porque o insumo da unidade móvel acabou. A mulher só conseguiu um leito por volta das 11h30.


De acordo com familiares, a paciente tem plano de saúde. Ela foi atendida por volta das 5h10 e levada por uma ambulância do Samu Natal ao Hospital Rio Grande, porém a unidade informou que estava lotada desde a noite de quarta. A unidade também suspendeu temporariamente o atendimento no pronto-socorro.


O Samu procurou vagas em outros hospitais, mas também não conseguiu. Por volta das 11h20, o hospital informou que conseguiria atender a paciente, que teve uma piora ao longo do tempo de espera.


O boletim da Secretaria de Saúde do Estado nesta quarta-feira (24) apontou que todos os leitos críticos para pacientes com Covid-19 estavam ocupados.


Fonte: G1

Prefeitura fecha acessos à lagoa de Extremoz para evitar aglomerações

Os acessos públicos à lagoa de Extremoz foram interditados nesta semana para evitar aglomerações na região. As informações foram confirmadas pela própria prefeitura do município da Grande Natal.


Lagoa de Extremoz (Arquivo) — Foto: Jocaff Souza/G1


De acordo com o município, a Secretaria de Defesa, a Guarda do Patrimônio Público e o comitê de crise resolveram fechar os acessos por causa do aumento de casos de infectados pela Covid-19 na cidade.


A previsão é que a lagoa fique interditada pelo menos por 14 dias, que é o prazo definido pelo decreto municipal nº 009/2021, no último domingo, 21 de fevereiro.


Acesso à lagoa de Extremoz interditado como medida para evitar aglomerações, segundo município. — Foto: Reprodução/Redes sociais


O decreto determina fechamento de bares, restaurantes e demais estabelecimentos de alimentação após as 22h, proíbe festas ou eventos públicos e privados, bem como comercialização e o consumo de bebidas alcoólicas em locais públicos após às 22 horas.


O decreto segue recomendação do governo do estado e dos Ministério Público para tentar conter o avanço da doença e a pressão por leitos críticos no sistema de saúde.


Fonte: G1

Vereadores de Natal aprovam lei que impede fechamento de igrejas e templos durante pandemia

A Câmara Municipal de Natal aprovou nesta quarta-feira (24), em regime de urgência, um projeto de lei que reconhece as atividades de igrejas, templos religiosos e congêneres como essenciais durante situações como a pandemia de Covid-19.


Câmara Municipal de Natal aprova projeto de lei que impede fechamento de igrejas durante pandemia. — Foto: Elpídio Júnior/CMN/Divulgação


O projeto de lei 52/2021 foi apresentado pela vereadora Camila Araújo (PSD) e aprovado com 21 votos favoráveis, três abstenções e nenhum contrário.


O texto veda a determinação de fechamento total das igrejas, garantindo funcionamento mediante cumprimento das exigências sanitárias determinadas pelas autoridades.


"Em situações de Estados de Calamidade, de Emergência e correlatos decretados pelo Poder Executivo, fica vedada a determinação do fechamento total destes locais, sendo possível regulação de sua capacidade e ocupação, consoante às necessidades e protocolos de saúde e sanitárias exigidas pelas condições transitórias", diz o texto aprovado.


Cinco vereadores não estavam presentes à sessão e não votaram o texto, que segue para sanção do prefeito Álvaro Dias (PSDB).


Por causa da pandemia da Covid-19, igrejas e vários outros estabelecimentos foram fechados em março de 2020, no Rio Grande do Norte, como medida para tentar conter o avanço da Covid-19. No dia 8 de julho, a prefeitura da capital autorizou a reabertura dos templos religiosos, porém com medidas de distanciamento e limitação de público.


“Entendemos que as igrejas e os templos religiosos em geral são espaços essenciais, sobretudo nesse contexto em que estamos vivendo”, disse a autora do projeto. “Muitas pessoas encontram na fé sua força para atravessar esse momento conturbado e nós precisamos garantir esse direto ao culto, assegurado pela Constituição, e à manifestação da fé, desde que, obviamente, sejam observadas todas as exigências sanitária estabelecidas pelas autoridades”, acrescentou Camila Araújo.


Fonte: G1

Covid-19: Governo distribui lote com 35 mil doses da vacina de Oxford e orienta imunização de novos grupos no RN

O governo do Rio Grande do Norte começou a distribuir na manhã desta quinta-feira (25) o novo lote com 35.500 doses da vacinas da Oxford contra Covid-19 que chegou ao estado na tarde de quarta (24). Ao todo, 24.220 doses serão distribuídas para o interior do estado e 10.910 ficarão com os municípios da região metropolitana de Natal. O estado ainda mantém uma "reserva técnica".


Cerca de 35 mil doses da vacina de Oxford contra Covid-19 deixam a Unicat, em Natal, para serem distribuídas aos municípios do Rio Grande do Norte. — Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi


Nesta quarta (24), a Secretaria de Saúde do RN esperava 54.900 doses, porque o Ministério da Saúde também havia anunciado mais de 19 mil doses da CoronaVac, que eram esperada junto com a das vacinas de Oxford. Porém, as remessas foram separadas. A expectativa do governo é que o lote da CoronaVac chegue à tarde.


Por volta das 7h, o Corpo de Bombeiros começou a distribuição das vacinas ao interior. Um carro da corporação deixou a capital para seguir a Caicó, onde parte da remessa será separada em outras viaturas que vão para Mossoró e Pau dos Ferros, no Oeste. A distribuição para os municípios da Grande Natal está marcada para 9h.


24.220 são distribuídas aos municípios do interior do RN

10.910 aos municípios da Grande Natal.

- Natal - 7.810

- Extremoz - 200

- Macaíba - 990

- Parnamirim - 1.340

- São Gonçalo do Amarante - 570


De acordo com uma nota técnica da Secretaria de Saúde, deverá ser concluída a vacinação dos idosos com 75 anos ou mais acamados e os idosos com 90 anos ou mais. Em seguida, os municípios devem priorizar os idosos com 85 a 89 anos, seguindo com os idosos de 80 a 84 anos e, caso o município disponha de doses remanescentes, pessoas com 75 a 79 anos.


"Para este grupo prioritário a Sesap espera concluir esta etapa da vacinação até o dia 16 de março. De acordo com o número de idosos em cada município, pode haver necessidade de mais dias ou menos dias para proceder a cada etapa. Assim, os municípios têm autonomia para elaborar cronograma próprio, desde que respeite a ordem decrescente de idade para a vacinação, isto é, do mais idoso para o menos idoso", informou a pasta.


Para os indígenas a vacinação deve ser iniciada com aquelas de 75 anos ou mais, seguidos pelos de 60 a 74 anos, indígenas com comorbidades e os indígenas não contemplados nos grupos anteriores. A expectativa é concluir a vacinação para este grupo até o dia 12 de março.


"A retomada da vacinação dos demais trabalhadores de saúde que não estão na “linha de frente” e que ainda não foram vacinados até o presente momento, ocorrerá após a finalização da vacinação do grupo de pessoas de 75 anos ou mais, e diante da disponibilidade de doses enviadas pelo Ministério da Saúde".


Fonte: G1

Quase metade dos pacientes com Covid-19 em leitos críticos no RN tem menos de 60 anos

O número de pacientes com menos de 60 anos de idade que estão em leitos críticos nos hospitais do Rio Grande do Norte representa atualmente 47,66% de todos os internados.


Leitos de UTI Covid-19 Hospital Belarmina Monte, em São Gonçalo do Amarante — Foto: Ariel Dantas


Os números constam no Regula RN, plataforma que monitora em tempo real as internações e o perfil dos pacientes no estado. Atualmente, 112 pessoas abaixo dos 60 anos estão em leitos críticos. Os idosos são 123 internados.


De acordo com o epidemiologista Ion de Andrade, da UFRN, o crescimento no número de pessoas mais jovens nos leitos de UTI e semi-intensivo foi de 60% nesses dois primeiros meses de 2021.


"O que está acontecendo atualmente é um crescimento acelerado do percentual de jovens nos internamentos. Em 25 de dezembro, nós tínhamos 28,9% dos leitos ocupados por jovens, que nesse caso significam pessoas com menos de 60 anos".


"Hoje esse percentual chega a 48% praticamente. Isso representa um crescimento de mais de 60% em dois meses da participação desses mais jovens na ocupação de leitos".


Ocupação de pessoas não idosas é de mais de 47% em leitos críticos no RN — Foto: Regula RN/LAIS e Sesap


Segundo o médico epidemiologista Ion de Andrade, dois fatores contribuem para esse atual cenário: a superexposição dos jovens ao vírus, o que facilita o contágio e também a circulação, e as novas variantes.


"Essa cepa nova, a P1 (encontrada em Manaus), tudo leva a crer que produz casos de maior gravidade entre jovens, de forma que essa hipótese também é possível no sentido de que, desde dezembro, em função da chegada de milhares de turistas, nós tenhamos a circulação de um vírus que produz casos mais graves entre jovens", falou.


A facilidade no contágio também é considerada. "Essas novas variantes, de Manaus e do Rio de Janeiro, o que se vê até o momento é que elas têm uma maior transmissibilidade. Transmite entre as pessoas com maior facilidade", diz o médico infectologista Igor Queiroz.


"Então, se ela transmite mais fácil, se esses jovens estavam tendo mais aglomerações, isso facilita a transmissão entre eles, e acaba tendo um maior número de infectados".

A superexposição dos jovens também é citada pelo infectologista Igor Queiroz. "A gente vê que muitas das medidas preventivas passaram a ser desrespeitadas e foram relaxadas. Vimos no fim de ano, Natal, réveillon, veraneio, muitas aglomerações, especialmente dos jovens, onde a transmissão ocorreu com grande facilidade".



Pipa, por exemplo, registrou aglomerações no carnaval, no fim de ano e no feriadão de 7 de setembro — Foto: Reprodução


Esse dado é considerado preocupante no atual estágio em que o RN tem taxa de ocupação acima de 80% nos leitos críticos e a Grande Natal está na casa dos 90% e praticamente sem nenhum leito crítico à disposição.


Isso porque o maior agravamento da doença nos mais jovens não tem substituído o perfil dos idosos nas UTIs - eles também seguem sendo internados, o que aumenta a ocupação.


Como base de comparação, em agosto de 2020, em meio ao pico da primeira onda da Covid-19 com a superlotação dos hospitais no RN, as pessoas abaixo de 60 anos representavam 25% dos internados.


"Não significa que o quantitativo absoluto de idosos internados tenha diminuído. É por isso que há essa explosão de casos. Os idosos permanecem numerosos. E agora também os mais jovens. Isso é preocupante, porque não está havendo uma substituição dos idosos pelos jovens. Está havendo é uma chegada de um contingente maior de jovens numa proporção até aqui nunca vista", explicou o médico Ion de Andrade.


Todos os leitos foram direcionados para uma epidemiologia da doença que privilegiava os internamentos em idosos. A epidemiologia da doença começa a mudar abrindo espaço pra uma ocupação de leitos por jovens, sem que o quantitativo de idosos diminua. É como se a mancha da epidemia tivesse se ampliando do ponto de vista das faixas etárias em que a doença pode se desenvolver com gravidade"

— Ion de Andrade, epidemiologista

O epidemiologista Ion de Andrade considera que essa é mais uma "má notícia", que se agrega à lenta vacinação contra a doença no estado e no Brasil. O RN imunizou 2,3% da população após um mês de campanha de vacinação. O estado recebeu cerca de 210 mil doses de imunizantes ao todo até o momento.


"Se a população estivesse vacinada em maior percentual, é pouco provável que nós estivéssemos sofrendo com a circulação de um novo vírus", disse.


Para o infectologista Igor Queiroz, a forma de mudar o atual cenário passa principalmente pela conscientização coletiva. "É conscientização. A gente vê decreto para fechar bares, comércio. Se as pessoas não tiverem consciência de fazer sua própria parte, vão ser medidas tomadas em vão e a pandemia não será controlada".


Fonte: G1

Cavalo cai no telhado da Prefeitura de Aricanduva e parte da estrutura é danificada

 Uma cena inusitada foi registrada nesta quinta-feira (25), em Aricanduva, cidade que fica a 399 km de Belo Horizonte. Um cavalo caiu no telhado da prefeitura e causou danos materiais.


De acordo com o município, os fundos da sede da prefeitura dão para um pasto que é separado por um pequeno rio e cerca, porém, alguns animais conseguem passar e invadir lote vizinhos, como o da prefeitura.


Com a queda do cavalo, parte do telhado do imóvel caiu e a calha instalada ficou danificada. O município já providenciou os reparos. Ainda segundo a prefeitura, o animal foi retirado pelos servidores municipais. O animal não apresentava lesões graves, apenas escoriações no rosto e ninguém se feriu.


" Eles usaram cordas e um manejo em cima do telhado com o próprio animal, já que era um animal manso", explicou o chefe de marketing da prefeitura, Guilherme Chaves.

Após ser retirado, o cavalo foi levado de volta para o pasto pelo proprietário.


Cavalo caiu no telhado da prefeitura de Aricanduva — Foto: Prefeitura de Aricanduva


Fonte: G1

Prefeitura de Cuiabá é condenada por represálias e assédio a profissionais de saúde na pandemia

A Justiça do Trabalho condenou a Prefeitura de Cuiabá e a Secretaria de Saúde de Cuiabá por represálias a profissionais de saúde que pediam melhores condições de trabalho durante a pandemia da Covid-19 e determinou pagamento de R$ 100 mil por danos morais coletivos.


Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes com Covid-19 — Foto: Breno Esaki/Agência Saúde DF


A ação foi movida pelo Ministério Público do Trabalho, que aponta que a retaliação, como as demissões e mudanças de servidores de setores e locais de trabalho, funciona como verdadeira vitrine para calar aqueles que apontarem irregularidades praticadas pelas chefias.


A decisão foi divulgada nessa quarta-feira (24). A Secretaria de Saúde de Cuiabá informou que ainda não recebeu notificação e a prefeitura informou que a Procuradoria-Geral do Município está averiguando a questão.


''Inegável que as represálias e atos discriminatórios dirigidos aos profissionais da saúde vinculados por contrato ou concurso ao município de Cuiabá, em decorrência de comunicações internas e reivindicações referentes às condições de trabalho, infraestrutura, insumos e EPIs por parte desses profissionais, gerou injusta lesão à esfera moral de toda a coletividade de trabalhadores que prestam serviços ao réu", diz a juíza Deizimar Mendonça Oliveira, da 4ª Vara do Trabalho de Cuiabá.


A Procuradoria-Geral do Município de Cuiabá disse, em nota, que foi notificada e irá recorrer da decisão, pois não concorda com a ponderação e tentará provar, em estância superior, o não cabimento dos pleitos, com vista a reformar a decisão de 1º grau.



A juíza também determina o cumprimento de medidas para evitar a ocorrência de represálias e atos discriminatórios dirigidos a profissionais da saúde que realizarem manifestações por melhorias nas condições de trabalho durante a pandemia de Covid-19.


Na sentença, ela diz que o município não pode tolerar ou praticar assédio moral, bem como permitir ou concorrer de qualquer forma para que essa conduta seja utilizada contra seus trabalhadores e prestadores de serviços.


É considerado assédio moral toda e qualquer conduta que caracterize comportamento abusivo, frequente e intencional, por meio de atitudes, gestos, palavras, gritos, escritos, pressões psicológicas, ameaças, que possam ferir a integridade física ou psíquica de uma pessoa e colocar em risco o seu emprego ou o ambiente de trabalho.


A prefeitura não poderá permitir, tolerar e efetuar dispensa, remoção ou realocação de trabalhador de forma imotivada e como meio de retaliação ou punição de trabalhadores que reivindicarem melhorias laborais, denunciarem irregularidades ou atuarem no exercício regular de seus direitos.


Reintegração

De forma definitiva, a Secretaria Municipal de Saúde deverá reintegrar e realocar, nos cargos e postos de trabalho que ocupavam anteriormente, todos os trabalhadores demitidos e removidos que tenham participado de manifestações e reivindicações por melhorias nas condições de trabalho durante a pandemia.


Em junho do ano passado, a prefeitura exonerou 12 servidores do Pronto Socorro de Cuiabá depois de supostas irregularidades identificadas durante uma vistoria realizada na unidade de saúde. À época, a a Secretaria Municipal de Saúde disse ter encontrado vários Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) escondidos em armários desses servidores.


A Justiça do Trabalho fixou, em caso de descumprimento das obrigações, multa de R$ 10 mil para cada irregularidade constatada e por trabalhador prejudicado.


O valor deverá ser revertido ao Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD).


Fonte: G1

Deputado aciona STF contra PEC da Imunidade, que muda regras para prisão de parlamentares

O deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) acionou o Supremo Tribunal Federal nesta quinta-feira (25) para paralisar a tramitação da proposta de emenda à Constituição conhecida como PEC da Imunidade, que altera regras sobre a imunidade e as hipóteses de prisão de parlamentares.





Na ação, Kim aponta questões formais que teriam sido infringidas, como o número mínimo de assinaturas na PEC para que o tema entre em pauta. O deputado também diz que um dos trechos restringe a atuação do Judiciário para garantir o cumprimento de cláusulas pétreas da Constituição (veja abaixo).


O texto é uma reação à prisão em flagrante do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), determinada pelo ministro Alexandre de Moraes no dia 16, referendada pelo STF no dia seguinte e confirmada pela Câmara no dia 19.


Silveira foi preso por divulgar um vídeo em que defende a destituição de ministros do Supremo e o AI-5, instrumento usado no período mais rígido da ditatura militar para a restrição de direitos. As duas pautas são inconstitucionais.


Na prática, a proposta dificulta a prisão e a fixação de medidas cautelares no âmbito criminal contra parlamentares – afastamento do cargo, por exemplo. Nesta quarta, mesmo dia em que o texto veio a público, o plenário da Câmara já votou a admissibilidade da PEC, definindo que o texto não afronta a Constituição.


A ação de Kim Kataguiri será relatada pelo ministro Luís Roberto Barroso e não há prazo para que ele emita decisão. A PEC da Imunidade pode ser votado em primeiro turno na Câmara ainda nesta quinta.


O texto, que tramita em ritmo veloz na Câmara, foi incluído na pauta do plenário horas após ser protocolado e sem passar por comissões, o que é incomum. A velocidade de tramitação gerou críticas de alguns partidos, como PSOL e Novo.


Entre os críticos, a proposta tem sido chamada de "PEC da Impunidade".


O que diz a ação

No pedido ao Supremo, Kim Kataguiri afirma que a PEC não poderia ter entrado em discussão porque ainda não recebeu o mínimo necessário de assinaturas. Esse número é de 171 deputados, correspondente a um terço do plenário.


"Sem isso, não há PEC e se não há PEC, não há deliberação possível. A coleta de 1⁄3 de assinaturas está bem longe de ser mero detalhe, passível de ser feita no curso da deliberação pelos órgãos da Câmara dos Deputados; longe disso, ela é requisito essencial para que o processo legislativo (da qual a deliberação é parte posterior em relação à propositura) possa começar", diz a ação.


O deputado também diz que um trecho da PEC, que prevê que os deputados sejam responsabilizados por declarações apenas no âmbito do Conselho de Ética, restringe a atuação da Justiça no "combate a lesões de direito" – uma cláusula pétrea da Constituição.


"Se a PEC for aprovada e promulgada, podemos ter sérias consequências; a promulgação de uma PEC inconstitucional e a consequente impunidade que dela pode advir até posterior declaração de inconstitucionalidade por este STF pode lançar o país em um caos jurídico e contribuir para a insegurança geral", afirma o parlamentar.


Fonte: G1

PEC Emergencial: fatiar votação e separar auxílio de contrapartidas é 'pior para todos', diz Tesouro

O secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, afirmou nesta quinta-feira (25) que um eventual fatiamento da chamada PEC emergencial, separando o auxílio emergencial das contrapartidas exigidas, é "pior para todos". Para ele, a medida pode criar "ambiente de incerteza".


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A proposta de emenda à Constituição está no Senado e prevê mecanismos em caso de descumprimento do teto de gastos, regra que limita as despesas da União à inflação do ano anterior. O texto viabiliza a prorrogação do auxílio emergencial.


O relator da proposta, senador Márcio Bittar (MDB-AC), incluiu no relatório a previsão de não haver mais a regra de investimento mínimo nas áreas de saúde e educação. Diante disso, parte dos líderes avalia que a PEC terá dificuldade de avançar, e alguns passaram a defender a votação fatiada da proposta.


"Para que esse auxílio seja sustentável, precisa de contrapartida. Caso contrário, vai ficar um ambiente de incerteza tão grande que vai ser ruim para todos. Acredito nos nossos congressistas. Não vejo como possibilidade ser fatiado, vai ser pior para todos", afirmou o secretário do Tesouro nesta quinta.


A previsão era a PEC ser votada nesta quinta, mas a análise foi adiada para a semana que vem.


Na avaliação de Bruno Funchal, não se pode olhar somente para o auxílio emergencial sem adotar medidas para que a atividade econômica seja retomada, e as pessoas voltem a trabalhar. "Para isso, precisa ter um ambiente controlado. O efeito desse fatiamento seria extremamente perverso", acrescentou.


O secretário do Tesouro disse ainda que, quando há notícias sobre a possibilidade de fatiamento da PEC emergencial, o mercado financeiro reage e há aumento na curva futura de juros.


"Para andar com o auxílio que tenha um custo, essa contrapartida que garante que a gente vai ter previsibilidade e sustentabilidade é o que vai permitir que as taxas de juros continuem baixas, e que o Brasil tenha um boa percepção de risco, base para a retomada da economia", disse.


Petrobras

Questionado sobre a decisão do presidente Jair Bolsonaro de trocar o presidente da Petrobras, o secretário do Tesouro disse que foi um "caso específico, mas que não é uma nova regra geral".


Na semana passada, Bolsonaro decidiu não reconduzir o atual presidente da estatal, Roberto Castello Branco, e anunciou a indicação do general Joaquim Silva e Luna, atual diretor de Itaipu Binacional, para o cargo.


Antes do anúncio, Bolsonaro vinha criticando a Petrobras em razão de reajustes nos combustíveis. O anúncio foi mal recebido por analistas e antigos aliados do presidente. As ações da estatal caíram na Bovespa e na bolsa de Nova York (EUA); a Petrobras perdeu mais de R$ 75 bilhões em valor de mercado; e o dólar subiu.


"A gente continua buscando processo de consolidação fiscal, de ajuste de contas, andando com a agenda de privatizações. É isso que eu tenho falado com investidores internacionais. [A Petrobras] é um caso específico, peculiar, resolvido", disse Funchal nesta quinta.


"A gente pode tirar uma experiência desse evento. A gente tem falado de confiança. As mudanças que mexem com as expectativas dos investidores, mexem com preço [da ação da empresa]. É uma coisa especifica, não é padrão, e é o que eu tenho conversado com investidores".


Após um tombo de quase 21% na segunda (22), as ações as ações ordinárias (PETR3) subiram 8,96% na terça, enquanto as preferenciais (PETR4) tiveram alta de 12,17%.


Combustíveis

Bruno Funchal também afirmou que a redução da tributação sobre combustíveis, em análise pela área econômica, seria compensada com redução de tributos ou alta de arrecadação, como determina a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).


"Qualquer medida de desoneração vai ter compensação e vai seguir a LRF, artigo 14. Isso é inegável. Não consigo visualizar brecha. Talvez o que tenha sido falado, como a gente trouxe cláusula de calamidade para eventos futuros [na PEC emergencial], a gente está preparado. O que a gente está falando é decisão de política. Se quer reduzir imposto específico, faz compensação e é isso que vai ser seguido", declarou.


Na semana passada, Bolsonaro afirmou que, a partir de 1º de março, cairá a zero a cobrança de impostos federais sobre o gás de cozinha. Ele também anunciou que vai zerar por dois meses, a partir de 1º de março, os impostos federais que incidem sobre o óleo diesel.


Mais cedo nesta quinta-feira, o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, afirmou que os cálculos para redução dos tributos, e sua compensação, já foram feitos e apresentados para o ministro Paulo Guedes.


"Esses cálculos foram feitos e apresentados. Até a decisão final, como existem medidas alternativas, o produto do óleo diesel, e do GLP, dentro da própria desoneração, foram construídos diversos cenários. Não sabemos o período que vai ser desonerado, a gente não está autorizado a se manifestar. A decisão deve sair nos próximos dias", declarou Malaquias.


Fonte: G1

Volta às aulas na Alemanha em tempos de pandemia

Setas no chão dos corredores indicando o caminho, vozes pelos alto-falantes pedindo que todos mantenham distância, classes divididas em grupos menores – esse é o novo normal em tempos de pandemia de coronavírus para cerca de 300 alunos da escola Friedrich-Ebert-Gymnasium na cidade alemã de Bonn, no oeste da Alemanha.


Muitos veem a reabertura das escolas como precipitada — Foto: Gregor Fischer/dpa via AP


Pertencentes às últimas turmas do ensino fundamental e, portanto, com exames de avaliação de desempenho marcados para este ano, eles estão de volta às aulas desde segunda-feira (22).


"Fizemos alguns preparativos", disse à DW o diretor da escola, Frank Langner. Em sua instituição, cada turma foi dividida em dois grupos chamados coortes, cada um com 70 a 75 alunos. Os cursos individuais também foram distribuídos em duas salas de aula, fazendo com que nunca haja mais do que 15 alunos em uma única sala.


"Dessa forma, podemos garantir que uma eventual infecção fique limitada a uma coorte. Foi assim que adaptamos as aulas presenciais", explica. O diretor destaca ainda que, graças a essas turmas menores, ao distanciamento e ao uso de máscaras, o risco de infecção durante as aulas é bastante baixo.


Desde segunda-feira, escolas de toda a Alemanha estão se valendo de medidas como essas para voltar a oferecer aulas presenciais. De início, reabriram apenas as escolas primárias e as turmas que deverão fazer os exames estaduais. Na Renânia do Norte-Vestfália, o estado mais populoso da Alemanha, isso representa cerca de um terço de todos os 2,5 milhões de estudantes.


Regras variam de estado para estado

Mas a volta às aulas não obedece a uma regra uniforme em todo o país, pois a educação na Alemanha é assunto dos estados, e não do governo federal. Isso leva a uma série de respostas diferentes à crise do coronavírus.


Em Saarland, por exemplo, classes com exames marcados estão voltando todas juntas, ao tempo que em outros estados, como Baden-Württemberg, as turmas são revezadas em grupos menores. O mesmo também é observado em outras áreas: às vezes é exigido o uso de máscara nas salas de aulas, outras não; alguns estados planejam testes regulares para professores e alunos, outros não.


"Devemos distinguir entre o que faz sentido localmente e o que precisa ser aplicado em todo o estado", diz Langner. Em Bonn, algumas turmas frequentam as aulas em dias alternados. Em outras escolas, como a sua, as classes foram divididas em salas distintas. Na prática, isso significa que até mesmo irmãos podem ser submetidos a abordagens diferentes no combate à pandemia. "Deveria haver uma certa uniformidade", aponta Langner.


Professores na linha de frente

Mas as diferenças não residem apenas na estratégia. Muitos também criticam a própria decisão de reabrir as escolas. Com números de infecções ainda instáveis e a variante britânica se espalhando em algumas partes da Alemanha, muitas pessoas temem que o país esteja no limiar de uma terceira onda de infecções. Políticos como a ministra alemã da Educação, Anja Karliczek, são a favor da reabertura. "As crianças, especialmente as menores, precisam umas das outras", defendeu Karliczek.


Uma das grandes preocupações diz respeito à segurança dos professores. Em algumas regiões, como o estado da Turíngia, as escolas estão reabrindo apesar de uma incidência de 100 novas infecções por 100 mil pessoas em sete dias. Cada hora na escola, portanto, traz consigo um risco elevado de infecção.


É por isso que os estados e o governo federal concordaram nesta semana em priorizar a vacinação de professores de escolas primárias e funcionários de creches e de escolas primárias. De acordo com o novo plano, os estados deverão oferecer vacinas a esses grupos assim que doses suficientes estiverem disponíveis.


Colocando a carroça na frente dos bois

Apelos para que professores e outros funcionários de escolas ganhassem prioridade na vacinação vêm aumentando há semanas. Até agora, eles não podiam contar com uma vacina antes do início do verão europeu, quando o ano letivo já estaria praticamente concluído. Mas de acordo com o novo plano, professores devem ser vacinados já na primavera.


A ministra de Assuntos Sociais da Baixa Saxônia, Carola Reimann, disse que seu estado "tem pedido por medidas como essas já há algum tempo" em reuniões com o governo federal.


A Associação Alemã de Professores também tem pressionado nesse sentido. "Gostaríamos que isso tivesse sido feito antes da reabertura das escolas. Este é um caso clássico de colocar a carroça na frente dos bois", disse o presidente da associação, Heinz-Peter Meidinger, em entrevista à DW.


A Associação Alemã de Professores também critica a decisão de priorizar os professores do ensino fundamental, dizendo que os alunos do ensino médio espalham o vírus de maneira semelhante aos adultos e, portanto, professores que dão aulas no ensino médio também estão expostos a um risco maior.


O presidente da Fundação Alemã para Proteção de Pacientes, Eugen Brysch, critica a mudança nas prioridades de vacinação. Ele disse que o plano anterior já levava em consideração os riscos de infecção.


"Se certas profissões forem promovidas, isso custará vidas", disse Brysch antes da decisão.


Meidinger defendeu os professores dizendo que não se trata de passar à frente dos idosos na hierarquia da vacinação. Segundo ele, a Associação de Professores não fez suas exigências até que ficou claro que a vacina da AstraZeneca não seria administrada em idosos.


Nem todos os professores querem ser vacinados

A AstraZeneca é de fato uma solução potencial para o dilema. Por falta de dados até ao momento, o imunizante da Oxford não está sendo oferecido a idosos. Mas os efeitos colaterais podem ser graves e isso é visto com suspeita por algumas pessoas. Como resultado, muitos não comparecem aos postos de vacinação nos horários marcados para receber suas doses de vacina da AstraZeneca. "Alguns professores também são céticos em relação às vacinas", disse Meidinger. "Mas há um grande número de pessoas a favor da vacinação".


Alguns estados já traçaram planos concretos para inocular professores. O ministro de assuntos sociais de Baden-Württemberg, Manfred Lucha, anunciou que os professores podem agendar uma vacinação a partir da semana que vem – graças a um grande carregamento da vacina da AstraZeneca.


Fonte: G1

'Estamos entrando em colapso', diz secretário de Saúde de SC; estado tem fila de espera por leitos de UTI Covid-19

O secretário de Saúde de Santa Catarina, André Motta, admitiu que o estado está enfrentando um colapso na saúde por causa do coronavírus. Em mensagem enviada aos prefeitos catarinenses, ele pede medidas para diminuir a circulação de pessoas.


"Preciso informar a todos que a situação da pandemia deteriorou no Estado todo e, a exemplo do que acontece nas regiões mais a Oeste, estamos entrando em colapso! Todos os esforços de Estado e municípios, até então, são insuficientes em face à brutalidade da doença. Infelizmente, percebesse fenômeno similar no resto do país, disse Motta.

Desde março, ao menos 652,8 mil pessoas tiveram diagnóstico positivo de coronavírus e 7,1 mil desses infectados morreram. Na terça-feira (22), o governo estadual encaminhou pedido de apoio ao Ministério da Saúde por causa da possibilidade de faltar remédios de 'kit intubação'. Os estoques são insuficientes em muitos hospitais.


Na quarta-feira (24), Santa Catarina atingiu a maior taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Sistema Único de Saúde (SUS) em toda a pandemia: 91,18%. Esse número é relativo aos leitos de UTI-geral e UTI-Covid.


Hospital Regional São Paulo (HRSP), em Xanxerê, no Oeste de Santa Catarina — Foto: Ana Lucietto/Divulgação/HRSP


Pacientes com Covid-19 esperam por vagas em unidades de saúde ao redor do estado. No início da tarde desta quinta-feira (25), 83 pacientes aguardavam por um leitos de UTI, segundo dados internos da Secretaria de Estado da Saúde (SES) que o G1 teve acesso (veja mais abaixo).


Medidas restritivas

No comunicado aos prefeitos, além de pedir medidas contra a Covid-19, o secretário estadual solicita esforço na área da saúde.


"'Solicito aos gestores municipais que tomem medidas emergenciais para diminuir significativamente a circulação das pessoas, mantendo apenas serviços essenciais e que convoquem toda a força de trabalho da Saúde para o enfrentamento", pediu o secretário estadual aos gestores municipais.

Na noite de quarta-feira (24), o Estado publicou um decreto com novas restrições em Santa Catarina validas por 15 dias a partir desta quinta (25). Diferente da solicitação aos municípios, não há fechamento de serviços não essenciais no documento publicado no Diário Oficial do Estado. Também não há restrição à circulação de pessoas, como ocorreu em outro decreto publicado em dezembro.


Casas noturnas e de espetáculos não podem funcionar e é proibido venda e consumo de bebidas alcoólicas em postos de combustíveis e suas lojas de conveniência entre 0h e 6h em todos os níveis de risco. Bares, restaurantes e shoppings não podem funcionar de madrugada.


O transporte coletivo e rodoviário pode continuar circulando, mas com 50% de ocupação. No entanto, em Joinville, no Norte do estado, houve registro de aglomerações e os usuários enfrentaram dificuldades para conseguir ir sentado no ônibus.


Fila de espera por UTIs


Além dos 83 pacientes apontados nos dados internos da Secretaria, pode haver mais pessoas aguardando pois somente são enviados pedidos de internação de pacientes com condição de transporte para longas distâncias no caso das transferências. Ou seja, doentes que estão internados em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) não entram na fila, por exemplo, já que precisam passar por um hospital para estabilização antes de entrarem na contabilização do estado. ]


Em ofício enviado ao Estado, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) pediu que a Secretaria de Estado da Saúde informe quantas pessoas de fato esperam por uma UTI e de quais cidades essas pessoas são.


Com o gargalo, o governo estuda protocolos para desocupar o mais rápido possível os leitos e aumentar a rotatividade entre os pacientes. Durante audiência pública na Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa (Alesc) na quarta-feira (24), o superintendente de regulação no estado, Ramon Tartari, falou sobre a mudança de protocolos:


"O consumo de leitos é absurdo e os pacientes são graves, de forma que já iniciamos as discussões sobre protocolos e critérios para admitir pacientes em UTI e protocolos de triagem reversa, que é a retirada do paciente de UTI o mais precoce possível para dar maior giro e aceitar pacientes nas UTIs”, explicou.

Na região Oeste, que vive um colapso na saúde, a prefeitura de Chapecó informou que 32 pacientes aguardavam por um leito de UTI ou transferência para outros locais no fim da tarde de quarta-feira (24). Outras 50 pessoas precisavam de vagas em leitos clínicos. Até as 14h desta quinta, o dado atualizado não havia sido repassado.


O Hospital Regional do Oeste (HRO), referência no atendimento para tratamento de Covid-19, atende acima da capacidade nesta quinta. Segundo a prefeitura de Chapecó, onde a unidade está localizada, há 62 leitos de UTI Covid-19, mas 92 pacientes estão internados espalhados em outros setores do local.


Em coletiva de imprensa na tarde de quarta-feira (24), o médico Vinicius Chies de Moraes, que coordena o setor de emergência e o da UTI-Covid no Hospital Regional São Paulo, em Xanxerê, afirmou que difícil decisão de escolher quem será intubado já é uma realidade.


“A situação é desesperadora. E não é uma situação que está por acontecer, ela já aconteceu, e está acontecendo. Nós teremos mortes em grande escala", disse.

No hospital, todos os 20 leitos para tratar pacientes estão ocupados, de acordo com a última atualização da unidade. Cerca de 24 pessoas aguardavam por uma vaga na quarta.


Procurado pelo G1 SC, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou apenas que a regulação está atuando justamente para garantir as transferências necessárias e o pleno atendimento a toda população catarinense. Sobre o número de pessoas que aguardam na fila de espera, a pasta informou apenas que o dado é dinâmico.


Pacientes aguardam internação em UPAs

Em Florianópolis, até as 20h de quarta, as UPAs contavam com oito pacientes aguardando por uma transferência para hospitais da região. Nos locais, os doentes são atendidos com cilindros de oxigênio, mas a prefeitura informou que o mais indicado é que eles sejam internados em unidades de saúde.



Em nota, a prefeitura da capital informou que há algumas semanas atrás os cilindros de oxigênio eram carregados em média três vezes por semana. Atualmente, estão sendo gastos 6 a 12 galões de oxigênio por dia.


Apesar do alto consumo, a administração municipal informou não está com falta de entrega desse serviço até o momento. A prefeitura possui contrato em vigor e disse que garante o fornecimento de cilindros. O município, no entanto, pontou que dois casos de nova variante já foram identificados na cidade. As novas cepas são mais transmissíveis. No total, o estado tem cinco casos confirmados da mutação do vírus.


Fonte: G1