Uma explosão que, aparentemente, foi decorrente de um vazamento de gás provocou o desabamento de vários edifícios na Sicília na Itália, no sábado (11) .
Na região passaram a discutir os riscos hidrogeológicos e o estado da infraestrutura.
Quase dois dias após a tragédia, as equipes de resgate continuavam buscando, nesta segunda-feira (13), duas pessoas dadas como desaparecidas.
Quatro prédios da localidade de Ravanusa, no sul da ilha italiana, desabaram na explosão, relatou o escritório regional da Defesa Civil.
Quatro corpos foram encontrados ao amanhecer desta segunda, após uma noite inteira de buscas. Os cadáveres, entre eles o de uma grávida no nono mês de gestação, foram encontrados juntos, sob os escombros de um prédio de quatro andares.
Com o auxílio de cães farejadores, duas mulheres foram resgatadas com vida dos escombros na madrugada de domingo. Desde então, os bombeiros não detectaram nenhum outro sinal de vida.
Rede obsoleta
Os quatro prédios que desabaram ficavam em uma área residencial no centro de Ravanusa, uma pequena cidade de 11 mil habitantes.
"É como se um avião tivesse se chocado contra o nosso prédio", comentou o morador de um prédio adjacente ao que colapsou.
As imagens da televisão mostram uma gigantesca pilha de destroços, tijolos, pedaços de varandas, restos de automóveis, objetos carbonizados, e os prédios ao redor, com as fachadas enegrecidas.
As autoridades judiciárias abriram uma investigação por homicídio culposo. Acredita-se que a deflagração tenha resultado de um vazamento de gás que teria-se acumulado no subsolo e que explodiu, aparentemente, pela ativação de um elevador.
Em um comunicado, a Italgas, empresa responsável pela distribuição de gás natural, disse que não recebeu denúncias de vazamentos de gás na semana anterior ao desastre e que nenhuma obra estava sendo feita na área afetada.
Afirmou ainda que a rede de distribuição de toda cidade foi submetida a inspeções completas em 2020 e em 2021.
Construída há 36 anos, a rede de gás da cidade é uma das mais antigas da Itália e se estende sobre um terreno instável, exposto à erosão e que registra deslizamentos de terra.
"A zona foi classificada como de alto risco hidrogeológico", publicou o jornal "La Repubblica", que cita um documento de 2018.
Fonte: Frances Presse
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