quinta-feira, dezembro 16, 2021

Diretor de avaliação da Capes pede exoneração após mais de cem pesquisadores renunciarem

O diretor de avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Flavio Anastacio de Oliveira Camargo, pediu demissão na terça-feira (14). A baixa acontece semanas após a entidade perder 114 pesquisadores.


Sede da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) em Brasília — Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil


Ligada ao Ministério da Educação (MEC), a Capes é responsável por avaliar os cursos de pós-graduação stricto senso (mestrado e doutorado) do país, autorizando ou não o seu funcionamento.


A saída de Camargo é a primeira no alto escalão da autarquia, já que as demais renúncias foram de coordenadores de áreas e de consultores, todos voluntários. Estes pesquisadores eram responsáveis pelas avaliações dos cursos de mestrado e doutorado em funcionamento no país, e também dos cursos que queriam permissão para começar a funcionar.


De acordo com o jornal "Folha de S.Paulo", na carta de exoneração enviada à direção da entidade, Camargo disse que não vinha se sentido à vontade no cargo. Sua função estava diretamente ligada à avaliação de pós-graduação.


"Não me sinto confortável na posição e penso que não será benéfica para o SNPG (Sistema Nacional de Pós-Graduação) a minha permanência", escreveu.

Flavio Camargo estava no cargo de diretor de avaliação desde setembro de 2020.


O que diz a Capes

Em nota divulgada nesta quarta-feira (15), a Capes agradeceu Camargo por "seu trabalho e dedicação" no tempo à frente da direção de avaliação.


Em relação ao processo de avaliação da pós-graduação, a entidade informou que determinou a substituição dos quatro coordenadores de áreas da avaliação que renunciaram nos últimos dias.


Na nota, a presidente da Capes, Cláudia Queda de Toledo, reforçou o compromisso da autarquia com o SNPG.


"Para a segurança da academia e a estabilidade de todo sistema, indicarei com muita cautela o nome de um ou uma grande cientista, a fim de que a academia se sinta muito segura na condução do processo de avaliação, que é a meta inarredável da minha presidência", escreveu Toledo.


Fonte: g1

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