O Partido Liberal (PL) anunciou nesta quarta-feira (10) a filiação do presidente Jair Bolsonaro à legenda. Segundo a sigla, a adesão será oficializada no próximo dia 22, em cerimônia em Brasília.
Eleito presidente pelo PSL em 2018, Bolsonaro deixou o partido em 2019 em meio a divergências com a cúpula da legenda. Na ocasião, chegou a articular a criação de uma nova sigla, a Aliança Pelo Brasil, que não passou da fase de coleta de assinaturas.
Ao longo de três décadas de carreira política, Bolsonaro tem histórico de diversas trocas de partidos. O PL é o nono partido do presidente. Antes, teve passagens por: PDC, PPR, PPB, PTB, PFL, PP, PSC e PSL.
A colunista do g1 Andréia Sadi informou que a articulação do PL para filiar Bolsonaro envolveu o apoio ao PP pelo comando da Câmara dos Deputados em 2023. O atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), deve disputar a reeleição.
O presidente do PL é Valdemar Costa Neto. Em 2012, Valdemar foi condenado no julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 7 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Valdemar foi preso em 2013 e em 2014 passou a cumprir prisão domiciliar. Dois anos depois, em 2016, o ministro do STF Luís Roberto Barroso concedeu perdão da pena e determinou a soltura do ex-deputado. Na ocasião, a decisão seguiu parecer da Procuradoria Geral da República (PGR).
'Última conversa'
O anúncio do PL aconteceu no mesmo dia em que Bolsonaro afirmou em entrevista a uma rádio do Espírito Santo que teria uma "última conversa" com Valdemar Costa Neto nesta quarta.
Segundo Bolsonaro, embora já estivesse "99,9%" acertado com o PL, faltava discutir com Valdemar como o partido deve se comportar em São Paulo nas eleições de 2022.
A conversa de Bolsonaro com o presidente do PL não constou da agenda oficial, divulgada pela assessoria da Presidência da República.
Fone: g1
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