O cientista francês Didier Raoult, que defendeu o uso de hidroxicloroquina para tratar a Covid-19, foi denunciado por membros da equipe do IHU, o instituto médico onde ele trabalha e é alvo de uma investigação interna, em Marselha, por ter falsificado resultados de ensaios clínicos, de acordo com o site francês Mediapart.
De acordo com o Mediapart, funcionários do instituto afirmaram que testemunharam a mudança de critérios dos testes de PCR para que fosse possível concluir que a hidroxicloroquina era benéfica —depois, foi reiterado por diversas instituições que essa droga não deve ser usada contra a Covid-19.
Segundo os depoimentos, Didier fez uma pressão para que os parâmetros do teste PCR que eram considerados positivos para infecção para coronavírus fossem alterados para negativos. Dessa forma, ele conseguiu alterar a quantidade de pessoas que eram "curadas".
Acusação em casos de tuberculose
O Mediapart já tinha revelado em outubro que o professor Raoult teria conduzido experimentos sem seguir protocolos de pesquisa em pacientes com tuberculose. O hospital desmentiu os ensaios clínicos, mas a Justiça anunciou seu dará seguimento ao caso, após uma ação legal da agência de medicamentos.
De acordo com o Mediapart, que cita vários funcionários do Hospital em condição de anonimato, além de relatórios de internação, as equipes do IHU testaram uma combinação de quatro medicamentos cuja eficácia conjunta nunca havia sido avaliada contra esta doença infecciosa.
Didier Raoult, aposentado como professor universitário e médico hospitalar, deve deixar a chefia do IHU até final de junho de 2022.
Fonte: g1
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