A Polícia Civil de Minas Gerais identificou, nesta quarta-feira (10), mais uma vítima do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O g1 apurou que trata-se de Uberlandio Antônio da Silva, empregado terceirizado da Vale, natural do Espírito Santo. Na época, ele tinha 55 anos.
A polícia disse que a família foi comunicada poucas horas antes de a nova identificação ser comunicada à imprensa. A reportagem falou com a filha dele.
A tragédia provocou a morte de 270 pessoas, em janeiro de 2019. Com a nova identificação, sete continuam desaparecidas. Veja quem são elas:
CRISTIANE ANTUNES CAMPOS
LECILDA DE OLIVEIRA
LUIS FELIPE ALVES
MARIA DE LURDES DA COSTA BUENO
NATHALIA DE OLIVEIRA PORTO ARAUJO
OLIMPIO GOMES PINTO
TIAGO TADEU MENDES DA SILVA
A última vítima identificada tinha sido Angelita Cristiane Freitas de Assis, no dia 6 de outubro (leia mais sobre ela ao final da reportagem).
Corpo encontrado em outubro
A identificação de Uberlandio foi realizada por meio dos trabalhos das equipes do Instituto de Criminalística, a partir de DNA.
O corpo de Uberlandio é o que foi encontrado no dia 2 de outubro pelos bombeiros que atuam em Brumadinho há mais de mil dias. A informação foi confirmada pela perita criminal da Polícia Civil Ângela Romano, em coletiva de imprensa nesta tarde.
Segundo ela, a ossada foi encontrada inteira, a oito metros de profundidade. Mas, apesar disso, a identificação teve que ser por DNA, porque esta vítima não tinha dados para ser identificada pela arcada dentária.
"Em algumas vítimas estava documentos, correntinhas, que nos ajudam a dar um direcionamento, mas a identificação realmente é feita por impressão digital, arcada dentária ou DNA. Como não existia dados antes para identificar pela arcada, fizemos o DNA", disse a perita.
Segundo o perito Higgor Dornelas, o IML trabalha no momento com várias amostras, porque "os encontros são quase diários em Brumadinho", mas só é possível saber se é uma nova identificação após exames.
No momento, segundo ele, existem cerca de 30 amostras aguardando identificação ou reidentificação.
Com a mudança de estratégia nas buscas, que passou a ser adotada no mês passado, a expectativa é que novas identificações aconteçam com mais agilidade.
Trata-se da implantação das chamadas estações de busca, equipamentos desenvolvidos especificamente para Operação Brumadinho. Parte do maquinário foi importada da Finlândia.
“Com essa estratégia, a gente deve conseguir aumentar significativamente a velocidade de vistoria dos rejeitos, pode acelerar em até quatro vezes”, diz o porta-voz do Corpo de Bombeiros, tenente Pedro Aihara, em entrevista ao g1 em outubro.
Última identificada
O material biológico da técnica de enfermagem Angelita foi encontrado no dia de 5 agosto. Segundo o médico-legista do setor de Antropologia Forense do Instituto Médico Legal (IML), Ricardo Moreira Araújo, destacado para acompanhamento da força-tarefa em Brumadinho, a identificação da vítima foi realizada por meio de DNA.
Mãe de 2 filhos e enfermeira: conheça Angelita, 262ª vítima identificada de Brumadinho
"Na tarde de hoje [6 de outubro], por volta das 13h, o IML recebeu um laudo de DNA proveniente do Instituto de Criminalística confirmando a identificação de um material biológico que havia aportado no IML em agosto. O esposo da vítima foi comunicado às 15h10 sobre essa identificação", disse o médico-legista.
A última vítima do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho a ser identificada antes de Angelita tinha sido Juliana Creizimar de Resende Silva, no dia 25 de agosto.
Fonte: g1
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