A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (17) um convite ao ministro da Educação, Milton Ribeiro, para que ele explique a crise no instituto que organiza o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e a suspeita de que houve interferência política na elaboração da prova.
A sessão foi marcada para 8 de dezembro. O requerimento foi aprovado enquanto Milton Ribeiro falava à Comissão de Educação da Câmara, onde compareceu de forma voluntária.
Durante a audiência desta quarta, o ministro disse que, ao afirmar que o Enem começa a ter a "cara do governo", o presidente Jair Bolsonaro quis dizer que terá a cara do governo "no sentido de competência".
No requerimento aprovado nesta quarta, o deputado Professor Israel Batista (PV-DF) cita denúncias de má gestão e de assédio moral no feitas por servidores do Inep e destaca que áreas sensíveis do instituto organizador do Enem estão sem chefia às vésperas da prova.
O requerimento previa a convocação do ministro, o que obrigaria o comparecimento de Ribeiro. No entanto, a pedido de aliados do governo, a convocação foi transformada em convite, desobrigando o ministro de comparecer.
"Entendo a gravidade do assunto, precisamos explicar o que está acontecendo no Inep, mas eu gostaria de sugerir que a gente transformasse a convocação em convite, até porque o ministro Milton Ribeiro sempre que foi chamado a essa casa esteve aqui para prestar esclarecimentos", disse o deputado Sanderson (PSL-RS).
As provas serão realizadas nos dois próximos domingos, 21 e 28 de novembro.
Comissão de Educação
Nesta quarta, os deputados da Comissão de Educação também aprovaram um requerimento de convite ao ministro da Educação pelos mesmos motivos.
Segundo a presidente da comissão, Dorinha Seabra (DEM-TO), o ministro irá ao colegiado se necessário, embora tenha, na avaliação dela, prestado os esclarecimentos necessários nesta quarta.
"A situação do ministro ficou melhor do que anteriormente", afirmou. "Ele se colocou à disposição de voltar em outro momento, mas respondeu a todas as questões”, disse.
Fonte: g1
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