A presidente do partido Podemos, Renata Abreu, informou nesta quinta-feira (25) que o partido prevê para dezembro a filiação de Deltan Dallagnol, ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba (PR).
Renata Abreu deu a informação após o evento de filiação do general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro do governo Jair Bolsonaro, ao Podemos. O ex-juiz e ex-ministro de Bolsonaro Sergio Moro, que se filiou ao Podemos no último dia 10, também participou do ato
"A gente vai definir agora, depois da filiação do Santos Cruz, quando vai ser a filiação do Deltan. Mas possivelmente — ainda não foi definido, a gente está vendo o local — [será no] dia 10”, disse Renata Abreu.
O evento deve acontecer em Curitiba (PR) e, segundo Renata Abreu, o ex-coordenador da Lava Jato será candidato a deputado federal.
A presidente do Podemos também informou, sem citar nomes, que outros integrantes da força-tarefa devem ingressar no partido até março de 2022.
Ao comentar o assunto, Moro declarou: "Certamente, vão vir outras filiações de pessoas de grande credibilidade que prestaram relevante serviço para o país. Não se faz um projeto de país sozinho. Nós temos que construir isso."
Exoneração
Deltan Dallagnol anunciou no início deste mês a saída do Ministério Público Federal (MPF), após 18 anos na instituição.
“Essa decisão de sair do Ministério Público não foi fácil. Eu tenho muito orgulho do Ministério Público e do trabalho que ele faz pela sociedade brasileira em diferentes áreas. Contudo, os nossos instrumentos de trabalho para alcançar a justiça vêm sendo enfraquecidos, destruídos", afirmou, na ocasião.
"Eu tenho várias ideias sobre como posso contribuir e eu serei capaz de avaliar, refletir e orar melhor sobre essas ideias depois de sair do Ministério Público", disse Deltan.
Lava Jato
Dallagnol já tinha se afastado da coordenação da força-tarefa em setembro de 2020, após seis anos à frente da operação.
Na época, ele afirmou que precisaria dedicar mais tempo à filha, que tinha apresentado sinais de regressão no desenvolvimento.
Em fevereiro de 2021, a força-tarefa "deixou de existir", de acordo com o MPF, e os procuradores da força-tarefa passaram a integrar o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Fonte: g1
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