O vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), pretende apresentar um complemento ao relatório da comissão para incluir nove novos pedidos de indiciamento. O documento já tem 68 nomes, entre pessoas físicas e empresas.
Se as sugestões forem acatadas pelo relator, Renan Calheiros (MDB-AL), o número de pedidos de indiciamento passa para 77 – incluindo o presidente Jair Bolsonaro, ministros e ex-ministros, parlamentares, médicos e as empresas Precisa e VTCLog.
O relatório ainda tem de ser votado e aprovado antes do envio aos órgãos competentes. Essa votação está prevista para a próxima terça mas, até lá, outras mudanças podem ser incorporadas pelo relator.
Randolfe Rodrigues deve sugerir a inclusão dos seguintes nomes:
Amilton Gomes de Paula, reverendo que negociou vacinas em nome do governo;
Hélio Angotti Neto, secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde;
Marcelo Bento Pires, ex-assessor do Ministério da Saúde;
Alex Lial Marinho, ex-coordenador de Logística do Ministério da Saúde;
Thiago Fernandes da Costa, servidor do Ministério da Saúde;
Regina Célia Oliveira, fiscal de contrato do Ministério da Saúde;
Heitor Freire de Abreu, ex-coordenador do Centro de Coordenação de Operações;
Helcio Bruno, presidente do Instituto Força Brasil;
José Alves, presidente da Vitamedic (fabricante de ivermectina).
O relatório
Nesta quarta-feira (20), Renan Calheiros apresentou o relatório final dos trabalhos aos senadores. O documento aponta para mais de 20 infrações cometidas durante a pandemia.
Na lista, estão as orientações dadas pelo governo federal, em declarações de Bolsonaro e informações do Ministério da Saúde, contrárias ao uso de máscara e a favor de medicamentos ineficazes.
O relatório afirma que o objetivo dos mandatários era expor os brasileiros ao contágio em massa, buscando eliminar a pandemia por meio da chamada imunidade de rebanho.
“Esta Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia colheu elementos de prova que demonstraram sobejamente que o governo federal foi omisso e optou por agir de forma não técnica e desidiosa no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus, expondo deliberadamente a população a risco concreto de infecção em massa”, diz o relatório.
No caso de Bolsonaro, o relator pede indiciamento pelos seguintes crimes:
epidemia com resultado morte;
infração de medida sanitária preventiva;
charlatanismo;
incitação ao crime;
falsificação de documento particular;
emprego irregular de verbas públicas;
prevaricação;
crimes contra a humanidade;
crimes de responsabilidade (violação de direito social e incompatibilidade com dignidade, honra e decoro do cargo)
Fonte: G1
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