O Nepal incluiu uma terceira opção de gênero em seu censo —além de homem e mulher, os entrevistados poderão dizer que são de um outro gênero ao responder o questionário. O censo começou a ser feito no último sábado (26).
A comunidade LGBTQIA+ da nação do Himalaia espera que, com o resultado do censo, seja possível ampliar os seus direitos.
Funcionários do Escritório Central de Estatísticas começaram a visitar casas em todo o país de cerca de 30 milhões de habitantes.
O Nepal possui leis mais progressistas sobre homossexualidade e direitos de pessoas trans do que seus vizinhos. Em 2007, qualquer discriminação por gênero ou orientação sexual é proibida. Desde 2013, há um terceiro grupo de gênero nos documentos de cidadania. Dois anos depois, o Nepal começou a emitir passaportes com a opção "outros".
No entanto, os ativistas dos direitos dos homossexuais e transexuais nepaleses afirmam que a comunidade LGBTQIA+, estimada em cerca de 900 mil pessoas, ainda sofre discriminações, principalmente no trabalho, sistema de saúde e educação.
Os militantes LGBTQIA+ denunciam que a falta de dados dificulta o acesso a benefícios aos quais têm direito.
"Quando houver dados após o censo, poderemos usá-los como prova para pressionarmos a favor de nossos direitos. Poderemos levantar demandas proporcionais à dimensão (da nossa comunidade) na população", destacou Pinky Gurung, presidente do grupo de direitos LGBTQIA+ Blue Diamond Society.
No entanto, entre as mais de 70 perguntas que integram o formulário do censo, há apenas uma relacionada ao gênero, o que leva seus críticos a afirmarem que os resultados ainda serão limitados.
Fonte: France Presse
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