A polícia do Equador mobilizou nesta quinta-feira (30) cerca de 400 agentes para apoiar uma operação de retomada do controle de uma prisão em Guayaquil após uma rebelião deixar mais de 100 mortos.
O motim foi iniciado por detentos de gangues rivais, ligadas ao narcotráfico mexicano, que entraram em confronto – até a última atualização das autoridades, 116 presos foram mortos em dois dias.
A rebelião do presídio do porto de Guayaquil já é apontada como um dos piores massacres penitenciários da história do país.
O presidente equatoriano, Guillermo Lasso, que está na cidade portuária, decretou na quarta-feira (29) um estado de exceção para todo o sistema carcerário do país.
Disputa entre gangues
A rebelião teria começado após membros de um grupo rival terem se incomodado com a comemoração de um aniversário dentro do complexo penitenciário, reportou o site Primicias.
Segundo o meio equatoriano, um dos líderes detidos se gabava de ter controle dentro da prisão, o que teria perturbado organizações rivais que ficavam em outros pavilhões, o que gerou os conflitos.
A agência de notícias France Presse reportou que o Exército equatoriano se posicionou nesta quinta ao redor da prisão, onde familiares dos detentos buscam por informações sobre seus parentes.
Crise carcerária
Com uma superlotação de 30%, falta de guardas, corrupção e violência, o Equador sofre uma crise carcerária há vários anos.
Segundo a Defensoria Pública, em 2020 ocorreram 103 assassinatos nas penitenciárias do país. Apenas em 2021, 236 pessoas morreram em prisões do Estado.
Em fevereiro, 79 presidiários morreram em distúrbios que aconteceram simultaneamente em quatro prisões de três cidades, incluindo Guayaquil.
A cidade portuária abriga este grande complexo prisional onde está um terço dos mais de 39 mil encarcerados hoje no país sob o controle de apenas 1.500 policiais – 3.000 a menos que o estimado.
Fonte: G1
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