O vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou nesta quarta-feira (1º) em uma rede social que o médico responsável por assinar o atestado do advogado Marconny Albernaz Ribeiro – suposto lobista da Precisa Medicamentos – manifestou intenção de cancelar o documento.
Ribeiro apresentou um atestado à CPI para informar que não compareceria ao depoimento marcado para esta quinta (2). De acordo com o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), a alegação foi de "dor pélvica", e o atestado, de 20 dias.
No início da noite, no entanto, Randolfe publicou em rede social que o médico entrou em contato com a CPI e disse que, ao avaliar o suposto lobista, notou uma "simulação" do paciente – e, por isso, quer cancelar o atestado.
"URGENTE! O médico que concedeu o atestado do Sr. Marconny Faria, entrou em contato conosco e disse que foi ele que concedeu o atestado, mas que notou uma simulação por parte do paciente e que deseja cancelar o mesmo. Com isso, amanhã receberemos o Sr. Marconny na #CPIdaCovid", publicou o senador.
"O Doutor se comprometeu também, a enviar explicações a esta CPI", adicionou, na mensagem seguinte.
Ao receber a notícia do atestado de 20 dias, Omar Aziz chegou a ligar para o diretor do Sírio Libanês, com a sessão da CPI em andamento, para pedir informações. "Termina a CPI e eu não ouço a pessoa", reclamou.
Atestados simultâneos
A validade do atestado de Marconny Ribeiro já havia sido questionada por Randolfe ainda durante a sessão desta quarta da CPI.
Isso porque, horas antes, o advogado Marcos Tolentino, suposto sócio oculto do FIB Bank, também apresentou atestado para faltar ao depoimento que ocorreria nesta quarta.
De acordo com senadores, Tolentino disse à CPI que foi internado no hospital Sírio Libanês – mesma unidade que emitiu o atestado de Ribeiro.
“Parece que os depoentes desta CPI têm usado o Sírio Libanês como álibi para não comparecer”, afirmou Randolfe, que também pediu que a Junta Médica do Senado entrasse em contato com o hospital.
Fonte: G1
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