Cinco palestinos morreram neste domingo (26) em confrontos com as forças israelenses, que lançaram uma operação na Cisjordânia ocupada para evitar atentados.
Dois militares israelenses, entre eles um oficial, ficaram feridos durante a operação lançada na noite de sábado (25) pelo exército, as forças especiais e o serviço de segurança interna, o Shin Beth, para desmantelar uma célula do Hamas e deter suspeitos, informou o exército em um comunicado.
O chefe de Estado-maior, general Aviv Kochavi, afirmou em um vídeo distribuído à imprensa que "a operação foi um sucesso porque permitiu evitar atentados".
Segundo o ministério da Saúde palestino, cinco palestinos morreram atingidos por disparos israelenses: três na aldeia de Biddu, cerca de 10 km a noroeste de Jerusalém, e dois em Borquin, perto de Jenin, no norte da Cisjordânia, um território palestino ocupado pelo exército israelense há mais de 50 anos.
"O barulho dos tiros" começou por volta das 4h da madrugada local, seguido de "fortes explosões", declarou Ayed Shamsneh, morador da região de Biddu, que abriga várias aldeias entre Ramallah e Jerusalém.
De acordo com um comunicado do exército israelense, "em cinco ataques simultâneos para capturar terroristas, as tropas responderam a disparos de munição real, matando cinco terroristas e detendo outros" nos setores de Biddu e Borquin.
Uma investigação foi aberta para determinar se os soldados israelenses feridos foram "vítimas de disparos de outros soldados". Uma fonte médica no hospital Ramban de Haifa, onde os militares foram atendidos, declarou que eles não corriam risco de morrer.
O Hamas, no poder no enclave palestino de Gaza, confirmou a morte nos confrontos de quatro membros de seu braço armado em Biddu. A Jihad Islâmica, outro grupo armado palestino, confirmou que o palestino morto em Borquin, Osama Soboh, era um de seus membros.
Este último foi sepultado neste domingo (26), mas segundo o ministério palestino da Saúde, o exército israelense está com os corpos dos outros quatro palestinos mortos.
O primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, que está a caminho de Nova York onde fará um discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, confirmou que a operação tinha como objetivo prevenir "um ataque terrorista", segundo um comunicado de seu gabinete.
Ele declarou seu "total apoio" aos soldados e seus superiores envolvidos na operação.
A presidência da Autoridade Palestina, por sua vez, condenou um "crime hediondo cometido pelas forças de ocupação israelenses em Jerusalém e Jenin", segundo um comunicado de seu gabinete.
Os confrontos entre soldados israelenses e palestinos se multiplicaram nas últimas semanas na Cisjordânia, sobretudo nos protestos palestinos contra a colonização israelense.
Israel e Hamas travaram quatro guerras desde 2008. O último confronto ocorreu de 10 a 21 de maio: 260 palestinos morreram nos bombardeios israelenses em Gaza, segundo as autoridades locais. Em Israel, disparos de foguetes de Gaza deixaram 13 mortos, segundo a polícia e o exército.
Fonte: France Presse
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