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terça-feira, agosto 03, 2021

Polícia Federal pede ao STF que CPIs repassem dados de quebra de sigilo de assessores bolsonaristas

A Polícia Federal pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que requisite compartilhamento de dados às CPIs da Covid e das Fake News em andamento no Congresso Nacional.


Os policiais querem obter, da CPI da Covid, os dados de quebra de sigilo telemático e telefônico de assessores e ex-assessores do governo Bolsonaro, além de um assessor do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos..


O pedido foi feito no âmbito do inquérito que investiga a organização e financiamento de milícias digitais que atentam contra a democracia. Moraes é relator desse inquérito, que foi aberto na PF como um desdobramento da investigação dos atos antidemocráticos. 





Os alvos da PF são:


Tercio Arnaud Tomaz,

José Matheus Salles Gomes,

Mateus Matos Diniz,

Ligia Nara Arnaud Tomaz,

Allan Lopes dos Santos,

Carlos Eduardo Guimarães.

À CPI das Fake News, são solicitados dados sigilosos, laudos técnicos e informações telefônicas. Os pedidos são assinados pela delegada Denisse Ribeiro, que conduz as investigações. Caberá ao ministro Alexandre de Moraes analisar o pedido.


Inquérito em andamento

O inquérito que investiga a organização e o funcionamento de uma milícia digital voltada a ataques à democracia foi aberto em julho, por decisão do ministro Alexandre de Moraes.



Na ocasião, além de abrir a nova apuração, o ministro arquivou, a pedido da Procuradoria-Geral da República, o inquérito dos atos antidemocráticos, aberto em abril de 2020. Este último procedimento analisava a organização e o financiamento de manifestações com pautas inconstitucionais, realizadas no primeiro semestre do ano passado.


Na investigação agora em curso, a PF apura indícios e provas que apontam para a existência de uma organização criminosa que teria agido com a finalidade de atentar contra o Estado democrático de direito e que se articularia em núcleos de produção, publicação, financiamento e político. Outra suspeita é de que esse grupo tenha sido abastecido com verba pública.


Entre os nomes citados pela PF no pedido de acesso à quebra de sigilo, estão assessores da Presidência da República acusados de integrar o chamado “gabinete do ódio”, que seria encarregado de promover ataques virtuais nas redes sociais contra desafetos da família Bolsonaro e adversários do governo.


Fonte: G1

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