A polícia identificou oito desaparecidos neste sábado (7) no enorme incêndio florestal Dixie no norte da Califórnia, o terceiro maior da história do estado americano, ainda que as condições climáticas estejam favoráveis aos bombeiros.
No início da semana, o Dixie Fire deixou a pequena e histórica cidade mineradora de Greenville carbonizada e em ruínas, mas nenhuma morte foi relatada.
No entanto, o gabinete do xerife do condado de Plumas, ao qual a cidade pertence, recebeu "relatos de oito indivíduos desaparecidos", escreveu no Facebook. Também citou essas pessoas por nome e pediu à comunidade "qualquer ajuda que puderem fornecer" para encontrá-las.
Apesar das repetidas ordens de evacuação das autoridades, alguns residentes insistem em combater o incêndio por conta própria, pois não se sentem confortáveis em confiar sua proteção a estranhos.
O incêndio Dixie já devastou mais de 180 mil hectares em quatro condados, contra quase 176 mil no dia anterior, uma área maior do que a cidade de Los Angeles.
Este incêndio excedeu o alcance do grande Bootleg Fire no sul do Oregon.
Mas a área apresentou temperaturas mais amenas e ventos mais suaves durante a noite, dando uma folga aos bombeiros, já bastante cansados, disse a agência estatal Calfire. Essas condições devem continuar até domingo.
O fogo, agora 21% contido, também arrasou a pequena cidade de Canyondam, segundo o jornal "Los Angeles Times".
O jornal também noticiou que moradores armados se recusaram a cumprir a ordem das autoridades locais de evacuar o local. Nesses casos, a polícia pede aos residentes os nomes dos parentes mais próximos, para avisá-los caso o incêndio acabe os matando.
Ironicamente, o movimento do Dixie Fire em direção ao nordeste diminuiu em parte porque ele alcançou o que o site CalFire chama de "cicatriz" de um incêndio anterior, o Moonlight Fire, de 2007.
Mais de 5 mil pessoas lutam atualmente contra o incêndio Dixie, que está expelindo enormes nuvens de fumaça que são facilmente visíveis do espaço.
O número de hectares queimados na Califórnia aumentou mais de 250% desde 2020, o pior ano de incêndios florestais na história moderna do estado.
Uma seca prolongada que, segundo os cientistas, é causada pela mudança climática, deixou grande parte do oeste dos Estados Unidos ressecado e vulnerável a incêndios altamente devastadores.
Fonte: Frances Presse
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