O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, está sendo aconselhado a desistir do encontro dos presidentes dos três poderes.
Fux chegou a costurar a reunião, na busca de definir uma trégua. Agora, ele está reavaliando a ideia. Ainda não definiu sua posição, mas a tendência é que desista da iniciativa.
Segundo ministros do STF ouvidos pelo blog, esse tipo de encontro com o presidente da República, Jair Bolsonaro, já se mostrou “inútil” porque ele promete moderar o tom mas logo em seguida retoma os ataques, principalmente ao Supremo. Foi o que ele fez depois de se reunir com Fux no último dia 12 de julho.
Naquele dia, ao deixar a reunião com o presidente do STF, quando ficou acertada reunião entre os três poderes, Bolsonaro deixou o prédio do tribunal dando uma entrevista em tom ponderado, falando que todos devem respeitar os limites da Constituição e chegando a citar a oração do Pai Nosso, ao falar que todos devem perdoar as ofensas dos outros. Só que, dias depois, voltou ao ataque.
E, agora, afirmam esses ministros do Supremo, não há nem “clima”, porque Bolsonaro tem feito críticas ácidas contra o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, praticamente todos os dias. E mantém os ataques ao sistema eleitoral brasileiro, dizendo que as eleições do ano que vem precisam ser limpas e transparentes, o que passa, segundo ele, pela aprovação do voto impresso.
Nesta segunda-feira (2), o Judiciário reagiu de forma mais enfática e dura às ameaças do presidente da República à realização das eleições no ano que vem.
Além de o TSE divulgar nota defendendo o sistema eleitoral brasileiro e de Fux mandar recados diretos a Bolsonaro, a Justiça Eleitoral abriu inquérito administrativo para investigar as declarações do presidente e pediu para incluí-lo nas investigações do inquérito das fake news que tramita no STF.
Fonte: Blog do Valdo Cruz
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