terça-feira, agosto 03, 2021

Buscas por corpo de menino morto em Imbé chegam ao sexto dia no Litoral Norte

As buscas pelo corpo do menino Miguel dos Santos Rodrigues, de 7 anos, entraram nesta terça-feira (3) no sexto dia consecutivo. Agentes do Corpo de Bombeiros de Capão da Canoa e de Torres procuram o corpo na orla, ao longo do Litoral Norte do RS, entre Tramandaí e Torres.


Buscas pelo corpo de Miguel são feitas no Litoral Norte com apoio de drone — Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros Militar


"Nenhuma informação de pescadores e nem de populares. Continuamos pela orla com as equipes, também operando com o drone", informa o tenente Elísio Lucrécio, comandante dos bombeiros de Tramandaí.

Conforme a Polícia Civil, provas colhidas durante a investigação apontam que a criança foi morta e jogada no Rio Tramandaí, localizado em Imbém pela própria mãe. As buscas começaram na quinta (29), à noite, após Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, de 26 anos, confessar o crime. Ela foi presa.


Miguel foi morto pela mãe e teve corpo atirado no Rio Tramandaí, em Imbé, segundo a polícia — Foto: Reprodução/RBS TV


Além da mãe da criança, a companheira dela também está presa. O advogado de defesa das duas mulheres, Bruno Vasconcellos, informou que só vai se manifestar nos autos do processo.


A corrente da lagoa e do Rio Tramandaí teria levado o corpo do menino para o oceano.


O Rio Tramandaí é um canal entre uma lagoa interna e o Oceano Atlântico. O curso de água é o limite entre os municípios de Tramandaí e Imbé, ligados por uma ponte. O local é conhecido pela prática de pesca e pela circulação de animais marinhos, como botos.


Os bombeiros trabalham com o apoio de aeronaves, drones e embarcações, além do auxílio da Marinha, da Patrulha Ambiental (Patram) da Brigada Militar e da Polícia Civil. A corporação também pede a ajuda de pescadores, que eventualmente podem avistar o corpo do menino no mar.


Entenda o caso

De acordo com a Polícia Civil, Yasmin teria dado remédios para o filho, Miguel dos Santos Rodrigues, de sete anos. A suspeita teria colocado o corpo da criança em uma mala e jogado no Rio Tramandaí.


A mãe foi à delegacia, na quinta-feira (29), para registrar o suposto desaparecimento do filho. Depois, ela confessou ter jogado o corpo no rio, afirma a polícia.



"Para fugir, com medo da polícia, saiu de casa, pegando ruas de dentro, não as avenidas principais, levou a criança dentro de uma mala na beira do rio, e jogou o corpo", relata o delegado Antonio Carlos Ractz.


A investigação sustenta que a criança vivia sob intensa tortura física e psicológica.


No domingo (1º), a companheira da suspeita, Bruna Nathieli Porto da Rosa, foi presa por suspeita de participação no crime. Trocas de mensagens entre elas, obtidas pela polícia, mostram diálogos sobre a compra de uma corrente, que seria usada para acorrentar o menino com o objetivo de evitar fugas.


Em um vídeo divulgado pela investigação, a companheira da mãe aparece discutindo com a criança, que estaria amarrada dentro de um guarda-roupa.


A escola onde Miguel estudava relata que ele fazia as aulas online. E o Conselho Tutelar do município informa que não havia denúncias de maus tratos contra a criança.


Segundo a Defensoria Pública, a avó da criança havia iniciado um processo para obter a guarda da criança, que começou a tramitar em 29 de junho. Segundo o órgão, isso ocorreu porque a mãe da criança, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, de 26 anos, entregou o último documento necessário para a abertura do processo apenas um dia antes de comunicar à polícia o desaparecimento do filho.


Fonte: G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!