terça-feira, agosto 17, 2021

Braga Netto nega ameaça por voto impresso e diz que cúpula militar não desrespeitou Senado



O ministro da Defesa, Braga Netto, disse em audiência na Câmara nesta terça-feira (17) que não fez ameaças a favor da aprovação do voto impresso. Ele também contestou que a nota assinada por ele e comandantes das Forças Armadas, em resposta a uma manifestação do presidente da CPI da Covid, tenha sido desrespeitosa com os senadores.


Braga Netto participou de uma audiência conjunta das comissões do Trabalho, das Relações Exteriores e de Fiscalização Financeira e Controle.


As comissões chamaram o ministro para ouvir explicações sobre:


reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo", publicada no mês passado. Segundo a reportagem, Braga Netto teria enviado mensagem ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), dizendo que não haveria eleições em 2022 caso o voto impresso não fosse aprovado.

nota assinada por Braga Netto e pelos comandantes das Forças Armadas dizendo que não aceitariam ataques 'levianos'. Era uma resposta a uma declaração do presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM). Na CPI, Aziz havia dito, em referência a militares envolvidos em denúncias sobre negociações de vacinas, que o lado bom das Forças Armadas deveria estar envergonhado do "lado podre", envolvido em "falcatruas".

Voto impresso

Quando a reportagem do "Estadão" foi publicada, em julho, Braga Netto já havia negado a suposta ameaça. Ele repetiu o tom na comissão e disse que considera o assunto "encerrado".



"Reitero que eu não enviei ameaça alguma, não me comunico com presidentes dos poderes por intermédio de interlocutores. No mesmo dia, ainda pela manhã, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, confirmou publicamente que não houve esse episódio. Considero esse assunto resolvido, esclarecido e e encerrado", disse o ministro.


Nota sobre a CPI

Ao responder sobre a nota que rebateu Omar Aziz, Braga Netto disse que o texto não se referiu a senadores ou ao Senado em geral, mas especificamente ao presidente da CPI.


"Não houve ameaça. Em momento algum a mensagem teve por objetivo desrespeitar o Senado ou os senadores e nem mesmo a eles se referiu — como expliquei e conversei com próprio presidente do Senado, e ele compreendeu perfeitamente e depois fez um outro comunicado — ou aos outros membros da CPI. Ao contrário. Foi emitida uma resposta a um pronunciamento pontual considerado desrespeitoso e injusto. Essa resposta foi emitida de forma direta, clara, necessária e legítima", declarou Braga Netto.


Fonte: G1

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