Entre os suspeitos presos pelo assassinato do presidente do Haiti, Jovenel Moise, na semana passada, há homens que podem ter tido relações com agências de seguranças dos Estados Unidos como informantes, afirmaram, na segunda-feira (12), pessoas do governo norte-americano que não quiseram se identificar.
Horas após o assassinato, os militares do Haiti prenderam 28 homens —26 combatentes colombianos que foram contratados por uma agência de segurança da Flórida e 2 norte-americanos de origem haitiana, que afirmam que trabalhavam como tradutores.
A agência Reuters ouviu uma fonte do governo dos EUA que disse que um dos norte-americanos tinha uma relação com uma agência de segurança norte-americana, mas o servidor não especificou qual era a agência e nem a natureza da relação.
Agência de combate às drogas
A rede CNN afirma que ao menos um dos 28 presos já foi informante da Agência de Repreensão às Drogas (DEA, na sigla em inglês).
A DEA confirmou, em nota, que de fato um dos suspeitos foi um informante: "Após o assassinato do presidente Moise, o suspeito procurou um de seus conhecidos na DEA".
Na nota, a agência afirma que um de seus agentes para o Haiti pediu ao suspeito para que se entregasse às autoridades locais. Além disso, esse agente deu informações ao governo haitiano para que os acusados fossem presos.
FBI não comenta
Um outro suspeito foi informante do FBI, segundo disseram fontes à rede CNN. O FBI diz que não revela nada sobre seus informantes.
Americanos de origem haitiana presos
Autoridades haitianas prenderam na semana passada dois americanos de origem haitiana, Joseph Vincent, de 55 anos, e James Solages, de 35. Eles são acusados de participarem do ataque fatal ao presidente Jovenel Moise. O outros 26 suspeitos são todos colombianos.
Um haitiano, Christian Emmanuel Sanon, foi preso no domingo por autoridades do Haiti, que o acusaram de ser um dos mentores do ataque.
Solages e Vincent disseram a investigadores que eles eram tradutores da unidade de combatentes elite que tinha um mandado de prisão contra Moise, o presidente. Eles afirmam que quando chegaram à residência presidencial, encontraram o presidente morto.
Solages se autodescreveu como um "agente diplomático certificado" e como "comandante chefe de guarda-costas" para a embaixada canadense no Haiti. As declarações estavam disponíveis no site de uma organização filantrópica dirigida por ele e que foi removida na quinta-feira. A Reuters revisou uma versão arquivada que continua acessível.
O jornal "Miami Herald" citou uma autoridade governamental que pediu condição de anonimato, mas disse que, há uma década atrás, Solages trabalhou brevemente para uma empresa que fazia segurança para a embaixada canadense no Haiti.
Registros da Flórida mostram que Solages já teve licenças de oficial de segurança e para o porte de armas de fogo.
Poucos detalhes foram encontrados sobre Vincent.
Fonte: G1
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