O governo da Rússia decretou nesta quinta-feira (15) que um site de jornalismo investigativo do país chamado Proekt é indesejado por motivos de segurança nacional. As atividades do site foram proibidas.
O decreto é interpretado como um capítulo de uma onda de ações contra a mídia do país por parte do governo. O site publicou uma série de reportagens sobre os dirigentes do país.
A administração de Vladimir Putin enxerga alguns dos sites e jornais do país como hostis e diz que eles são financiados por estrangeiros.
Em setembro, haverá eleições parlamentares na Rússia.
Em um comunicado, o Procurador Geral disse que as atividades do Proekt eram uma ameaça à ordem constitucional e à segurança do país. O site é descrito como uma organização financiada pelos Estados Unidos.
Na quinta-feira, as autoridades também classificaram oito jornalistas como agentes estrangeiros. Entre esses oito, há repórteres do Proekt e de um outro canal, o Open Media.
As autoridades já estavam perseguindo grupos que consideram hostis —outros 40 grupos já tinham sido classificados dessa forma, mas até agora não havia nenhuma empresa jornalística.
Há uma lei de 2015 que determina que as pessoas que pertencem a “organizações indesejadas” podem ser presas por até seis anos caso ignorem as ordens do governo.
Apesar disso, o governo diz que não há perseguição.
No mês passado, a polícia fez buscas nas casas de dois jornalistas do Proekt e prendeu um outro repórter da mesma empresa —havia uma denúncia de calúnia sendo investigada.
Fonte: G1
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