A ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunização (PNI) Francieli Fantinato disse nesta quinta-feira (8) à CPI da Covid que o setor dela não foi consultado sobre a decisão do Brasil de adquirir a quantidade mínima de vacinas no consórcio Covax Faciltiy, coordenado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O Covax Facility tem mais de 150 países e foi criada para impulsionar o desenvolvimento e a distribuição das vacinas contra a Covid.
Em 2020, quando aderiu a consórcio, o Brasil poderia ter optado por receber uma quantidade de doses equivalente para imunizar 50% da população. Mas optou por uma quantia suficiente para 10% da população.
"Nós fizemos uma nota técnica inicial do Covax com o mesmo teor da nota técnica que nós fizemos para a AstraZeneca, apontando que tinha necessidade de vacinar dentro dos cenários ou 55% da população até 95%, num cenário de incerteza. Depois veio o contrato fechado, para que a gente se manifestasse, por uma nota técnica, qual seria o grupo a ser atendido com aqueles 10%. Então, o Programa Nacional de Imunizações não participou da questão da escolha do percentual que tinha no mecanismo Covax, disse Francieli.
Ela afirmou ainda que o ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Élcio Franco, ao justificar a opção pelos 10%, disse que “não tem como colocar todos os ovos na mesma cesta”.
"Eu perguntei verbalmente se a gente ia aderir, porque inicialmente era para 20%, e o que me foi respondido é que não era para se investir todos os ovos na mesma cesta, um linguajar assim, que não poderia se investir em tudo isso, porque era um investimento de risco. Foi verbalmente, não foi formalmente. Foi o que eu fiz", explicou a ex-coordenadora do PNI.
Fonte: G1
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