A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar ameaças recebidas pelo vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), por meio de seu telefone pessoal.
O documento que informa a abertura da investigação foi assinado na última sexta-feira (9) pela Delegacia de Defesa Institucional da PF e encaminhado à comissão de inquérito.
A abertura da investigação atende a um pedido feito pelo presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), em 18 de maio. Em ofício à PF, Aziz encaminhou cópias das mensagens recebidas por Randolfe e solicitou “a apuração do cometimento de eventuais crimes”.
Aziz, no documento, reforça ainda que caso “esta presidência tome conhecimento de outra ameaça a qualquer outro membro do colegiado, imediatamente encaminharemos novo ofício a esta Polícia Federal, para providências cabíveis com vistas à identificação de autoria e materialidade”.
Mensagens com ameaças
No dia 18 de maio, o próprio vice-presidente da CPI relatou durante sessão da CPI estar sendo alvo de ameaças e que elas pareciam ser uma “ação coordenada”.
“Eu creio que não devam ser todos, mas alguns colegas desta CPI têm recebido nas suas comunicações pessoais, no seu WhatsApp e diversas formas diferentes tipos de ameaças”, afirmou Randolfe Rodrigues.
Ele encaminhou ofício à presidência da comissão listando a “sucessão de ameaças” em seu telefone pessoal.
“Algumas delas esclarecem que o número foi disseminado em ‘grupos bolsonaristas’ com o intento de promoverem inúmeras ameaças a este parlamentar”, afirmou o senador.
Rodrigues apresentou cópias das mensagens recebidas, nas quais o senador é chamado de “vagabundo” e “bandido”. Em determinada notificação, há menção a “traidores da pátria” e diz que os senadores são “a favor do insano, imoral e contra a família bíblica”. O texto é encerrado com a frase: “Brasil acima de tudo e Deus acima de todos”.
Fonte: G1
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