O homem que tomou a vacina contra a Covid-19 das mãos de uma vacinadora e aplicou o imunizante no próprio braço causou risco a si mesmo e à técnica de enfermagem que se preparava para vaciná-lo, de acordo a Prefeitura de Eusébio, na Grande Fortaleza, onde o caso aconteceu. A ação foi registrada em vídeo por um colega que acompanhava o homem no sábado (3).
"O ato em si foi inadequado. Poderia ter causado alguns danos em vasos ou inervação periféricos. Pela forma brusca que foi aplicada poderá gerar maior resposta inflamatória no local e ao final, no ato da devolução da seringa, houve risco de acidente perfuro-cortante na técnica de enfermagem com a agulha já utilizada", diz a prefeitura.
No sábado (3), a prefeitura enviou nota em que classificava o ato de "inadequado, imprudente, perigoso" .
A vacina utilizada foi a da AstraZeneca e a dose foi validada e informada no sistema de imunização como primeira, ainda segundo a prefeitura. A secretaria de Saúde do município orienta à família do homem que, caso ele sinta algum sintoma após ter aplicado a vacina no próprio braço, informe à pasta para o registro de evento adverso, monitoramento e acompanhamento.
O caso
Um vídeo enviado ao G1 mostra o homem conversando com profissionais da saúde, que se preparam para a aplicação. Quando a técnica de enfermagem mostra a seringa ao homem, ele a toma das mãos da vacinadora. A mulher ainda tenta pegar a seringa de volta, mas não consegue. Depois de aplicar o imunizante no próprio braço, o homem devolve a seringa para a enfermeira e vai embora, deixando a equipe surpresa.
Medo de não ser imunizado
Um parente do homem, que prefere não ser identificado, explicou que ele teve essa atitude por medo de não receber a vacinação de forma correta. "Repercutiu de uma maneira que a gente não esperava, não foi uma brincadeira.
Segundo o familiar, ele ficou preocupado com eventuais erros por ter visto notícias de outros casos em que aplicadores fingem vacinar e não vacinam, por exemplo.
A vacinação segue critérios técnicos e a aplicação é feita por profissional habilitado. Toda pessoa pode, no ato da imunização, checar qual vacina será aplicada, e se há líquido na seringa, por meio dos procedimentos padrões adotados pelos vacinadores, que são subordinados a órgãos de saúde.
Fonte: G1
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