Integrantes da oposição ao regime chavista na Venezuela disseram nesta segunda-feira (12) que funcionários fiéis ao presidente Nicolás Maduro invadiram o prédio em Caracas onde vive Juan Guaidó, político oposicionista que se proclamou presidente venezuelano em 2019 durante o impasse político no país.
Juan Guaidó dá entrevista ao sair de casa em Caracas, na Venezuela, nesta segunda (12) — Foto: Leonardo Fernandez Viloria/Reuters
De acordo com a mulher de Guaidó, Fabiana Rolsales, foram vistos na garagem do prédio "homens encapuzados com armas largas rodeando a camionete" onde está o líder oposicionista.
Momentos depois, o próprio Guaidó deu entrevista coletiva condenando a ação, que para ele, foi uma "perseguição" e um "sequestro". Segundo o oposicionista, o motorista da caminhonete foi amarrado e golpeado.
O Centro de Comunicação Nacional, que responde pelas informações oficiais dessa presidência de Guaidó, publicou nas redes sociais imagens do que parece ser um homem amarrado no chão de uma garagem. Entretanto, não é possível saber quem seria essa pessoa.
Nenhum representante do governo Maduro se pronunciou oficialmente sobre a ação.
Prisão de opositor
Pouco antes da suposta invasão ao prédio de Guaidó, outro líder oposicionista, Freddy Guevara, foi preso e levado ao "Helicoide" — um edifício de Caracas transformado em prisão para detratores do governo Maduro.
Guevara havia publicado nas redes sociais uma foto dele em seu carro enquanto forças de segurança tentavam prendê-lo em uma rodovia da capital venezuelana.
Negociações emperradas
Juan Guaidó , o líder da oposição na Venezuela, propôs em maio retomar as negociações com o governo de Nicolás Maduro para pedir um cronograma de eleições, incluindo presidenciais, em troca do "levantamento progressivo" de sanções internacionais.
"A Venezuela precisa de um acordo de salvação nacional, um acordo que deve ser alcançado entre as forças democráticas, os atores que constituem e apoiam o regime e a comunidade internacional", disse Guaidó em vídeo transmitido em suas redes sociais à época.
No entanto, o regime Maduro se opôs: "O 'bobolongo' (bobo) disse hoje que quer conversar", reagiu Maduro. "Ele foi deixado de fora, todo isolado e derrotado", disse o líder da Venezuela.
"Se ele quer se juntar aos diálogos que já estão em andamento, evoluindo em todas as questões, seja bem-vindo. Que se incorpore aos diálogos que já existem, mas que não se crie o patrão, o líder supremo de um país que não o reconhece", afirmou.
Fonte: G1
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