A quantidade de servidores comissionados quase dobrou e o de temporários aumentou mais de sete vezes, na administração pública do Rio Grande do Norte, ao longo de aproximadamente um ano e meio.
Os dados são dos boletins mensais da Secretaria de Administração do Estado.
Enquanto em janeiro de 2020, os servidores comissionados representavam 0,95% da folha salarial do estado, eles passaram a representar 1,75% dos ativos em maio deste ano.
Porém, o maior crescimento ocorreu no caso dos servidores temporários, que representaram 0,52% da folha no início do ano passado e agora são mais de 3,8%.
O levantamento foi feito pelo G1 dentro das apuração quanto às promessas da governadora Fátima Bezerra (PT) nas eleições de 2018. O compromisso específico, que constava no programa de governo, era reduzir o número de não concursados. Ele não foi cumprido.
Sobre o assunto, o governo afirmou que a pandemia da Covid-19 causou elevação no número de pessoas contratadas sem a realização de concurso público "para atender à crescente demanda promovida especialmente na área da saúde pública".
Em maio, a folha do estado representou R$ 579,8 milhões. Na Secretaria de Saúde - a segunda maior do estado, atrás apenas da Educação - a folha salarial saiu de R$ 49,7 milhões em janeiro do ano passado para R$ 62,7 milhões em maio deste ano - entre servidores ativos e inativos.
Em números
Ainda de acordo com os boletins da Sead, o estado tinha 105.799 servidores ativos, inativos (aposentados) e pensionistas dentro da folha salarial em janeiro de 2020. O número passou para 108.663 pessoas em maio deste ano. O crescimento foi de 2,7%.
Considerando o percentual informado de participação dos comissionados em ambos os meses, o número de servidores em cargo de comissão pulou de 1.005 para 1.901 - crescimento de quase 90%.
No caso dos temporários, eram cerca de 550 no início de 2020 e agora são cerca de 4.150 - sete vezes mais.
Número de concursados também cresceu
O número de concursados na ativa também cresceu no período, mas em menor proporção. Eles representavam 44,24% da folha em janeiro de 2021 e passaram a ser 48,72% em maio deste ano. Em números, eram cerca de 46,8 mil e agora são 52,9 mil - crescimento de cerca de 13%.
Nesse período, o governo nomeou mais de mil policiais militares, além de bombeiros e professores, por exemplo.
Fonte: G1
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