A Polícia Federal divulgou uma nota nesta terça-feira (13) na qual afirmou que atua de forma imparcial e que a apuração sobre as negociações para aquisição da Covaxin "não está atrelada a outras investigações".
Mais cedo, nesta terça, o presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), chamou de "estranhas" e "raras" ações da PF às vésperas de depoimentos à comissão. Ele citou, por exemplo, o depoimento de Emanuela Medrades, diretora da Precisa Medicamentos, colhido nesta segunda (12), enquanto Emanuela seria ouvida nesta terça pela CPI.
Na nota, a PF não mencionou Omar Aziz, mas afirmou que a investigação sobre a Covaxin atende às disposições constitucionais e legais, o que "inclui o prazo regular para a sua conclusão".
"A produção de provas, sobretudo a oitiva de pessoas que possam contribuir para a elucidação dos fatos, não está atrelada a outras investigações em andamento sobre o caso", afirmou a PF.
Além da PF e da CPI da Covid, o Ministério Público Federal e o Tribunal de Contas da União também investigam as negociações envolvendo a Covaxin.
O imunizante é o mais caro negociado pelo governo até agora. As negociações foram intermediadas pela Precisa Medicamentos, empresa sem relação com a indústria de vacinas.
Na avaliação de Aziz, se a PF toma o depoimento de uma testemunha antes de ela ir à CPI, gera a interpretação de que pode estar sendo investigada.
Por lei, a pessoa que comparece à CPI na condição de testemunha tem que responder às perguntas dos senadores. Mas, se for na condição de investigada, pode se valer do direito de não produzir provas contra si, o que, na prática, equivale a ficar em silêncio.
"Instituição de Estado, a Polícia Federal trabalha de forma isenta e imparcial, em busca da verdade real dos fatos, sem perseguições ou proteções de qualquer natureza", declarou a PF na nota.
Íntegra
Leia a íntegra da nota da Polícia Federal:
Nota à Imprensa
Polícia Federal - Investigação compra da vacina Covaxin
Sobre a investigação que apura a possível ocorrência de crimes referentes ao processo de compra da vacina Covaxin pelo Ministério da Saúde, a Polícia Federal esclarece:
1. A investigação atende às disposições constitucionais e legais, o que inclui o prazo regular para a sua conclusão;
2. A produção de provas, sobretudo a oitiva de pessoas que possam contribuir para a elucidação dos fatos, não está atrelada a outras investigações em andamento sobre o caso;
3. A PF possui métodos e estratégias próprios de investigação, devidamente supervisionados pelo Poder Judiciário e reconhecidos nacional e internacionalmente;
4. Instituição de Estado, a Polícia Federal trabalha de forma isenta e imparcial, em busca da verdade real dos fatos, sem perseguições ou proteções de qualquer natureza.
Comunicação Social da PF
Fonte: G1
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