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segunda-feira, julho 12, 2021

'A pandemia não acabou', diz premiê britânico antes de confirmar fim de restrições na Inglaterra para 19 de julho

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse nesta segunda-feira (12) que a pandemia do coronavírus "não acabou", antes de confirmar o fim de restrições na Inglaterra para 19 de julho.


O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, em entrevista coletiva em Londres em 12 de julho de 2021 — Foto: Daniel Leal-Olivas/Pool/Reuters


"Eu não posso ser enfático o suficiente ao dizer isso: a pandemia não acabou", disse o premiê em entrevista coletiva na sede do governo britânico, em Londres.

"Não podemos virar a chave na segunda, 19 de julho, e voltar a viver como antes da Covid-19", afirmou Johnson. "Vamos manter o plano de suspender as restrições legais e a obrigatoriedade de distanciamento social."


Apenas para a Inglaterra

Com a decisão, a Inglaterra se tornará o primeiro país do Reino Unido a suspender a exigência legal de uso de máscaras e do distanciamento social a partir da próxima segunda-feira (19).


Veja o que muda a partir de 19 de julho:


Acaba o uso obrigatório de máscaras em ambientes públicos

Fim de restrições a reuniões e encontros

Empresas, que mantinham trabalho remoto, podem voltar ao modo presencial

Acabam as de medidas de distanciamento social

Reabertura de casas noturnas e boates

Fim do limite de capacidade em hospitais e clínicas


No entanto, o fim das regras para evitar o contágio não vale para a Irlanda do Norte, País de Gales e Escócia, que ainda terão que respeitar as medidas mesmo após a data.


No Piccadilly Circus, em Londres, torcedores bloquearam tráfego enquanto comemoravam vitória da Inglaterra na semifinal da Euro — Foto: Reuters/BBC


Aumento dos casos

Mais cedo, o ministro da Saúde britânico, Sajid Javid, já havia antecipado a decisão do governo mas alertou que cuidados deverão ser mantidos.


Ele ponderou que há um aumento no número de casos e com isso reforçou a mensagem de que a pandemia de Covid-19 "não acabou de forma alguma".


Nas últimas 24 horas, o país registrou cerca de 30 mil novos casos de coronavírus, o número pode triplicar com a suspensão das medidas, segundo estimativas do próprio governo.


"Os casos irão aumentar quando a gente for se reabrindo, então, enquanto confirmamos nossos planos, nossa mensagem é clara: cautela é fundamental", disse Javid.

A variante delta é apontada como uma das responsáveis pelo aumento no número de infecções dentro do território britânico, onde ela já é considerada dominante.


Alta vacinação

No Reino Unido, 87% dos adultos já receberam ao menos uma dose da vacina contra a Covid-19. A porcentagem daqueles que tomaram as duas doses é de 66%, segundo levantamento do governo.


Os dados da saúde pública indicam que as vacinas são eficientes para previnir a infecção mesmo por variantes do coronavírus, como a delta, dominante no país.


A chefe do programa de emergências da OMS, Maria van Kerkhove, afirmou que as vacinas conseguem reduzir casos graves de Covid-19 até mesmo para a variante delta.


Ela reafirmou, no entanto, que as duas doses da vacina – quando a aplicação é feita em duas doses – são importantes para garantir a proteção completa.


Fonte: G1

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