O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse neste sábado (26) que "nenhum parlamentar tem interferência" na sua pasta ao ser questionado se o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), exerce alguma influência no ministério.
Em depoimento à CPI da Covid no Senado, o deputado Luis Miranda (DEM-DF) afirmou que Barros é o deputado ao qual o presidente Jair Bolsonaro teria se referido ao tomar conhecimento das suspeitas de corrupção no contrato de compra da vacina indiana Covaxin - o presidente admitiu ter recebido o deputado, mas disse que não se falou em corrupção no encontro.
Em uma rede social, Ricardo Barros negou que seja o deputado supostamente mencionado por Bolsonaro.
"No Ministério da Saúde, nenhum parlamentar tem interferência. Nenhum. Sem inserção. Quem conduz o trabalho no Ministério da Saúde sou eu e os secretários e todos os outros funcionários públicos que integram o Ministério da Saúde", disse o ministro.
Queiroga deu a declaração em uma entrevista à imprensa na Paraíba, onde se reuniu com o governador João Azevêdo.
A repercussão se deu a partir dos indícios e documentos obtidos pela comissão que detalham o interesse do governo em negociar a compra da vacina, por meio da Precisa Medicamentos, representante no Brasil da empresa indiana Barath Biotech, a desenvolvedora da vacina. O episódio teria acontecido no dia 20 de março, 5 dias após a oficialização de Queiroga como novo ministro da saúde.
Queiroga também foi questionado se pretende pedir o afastamento do parlamentar, mas afirmou que essa questão está na análise do setor jurídico do Ministério da Saúde.
"Vocês sabem que existe a questão do direito administrativo, dos processos administrativos, que são discutidos pela área técnica. Isso não é uma ação direta do ministro. Então, precisa passar por um processo administrativo para fazer a devida apuração. Processo administrativo para apurar as responsabilidades".
Fonte: G1
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