Israel proibiu nesta quarta-feira (9), por decreto ministerial, o comércio de peles de animais destinados à indústria da moda, tornando-se o primeiro país do mundo a aprovar uma legislação tão rígida, de acordo seu Ministério do Meio Ambiente.
"O comércio de peles de animais, importação e exportação, será proibido, exceto para as necessidades de pesquisa, educação e certas tradições religiosas", declarou o ministério em um comunicado, especificando que a proibição entrará em vigor em seis meses.
O uso de pele, ritualmente usado para a fabricação do "Schtreimel", um chapéu usado por alguns judeus ultra ortodoxos, permanece, portanto, autorizado.
“A indústria do comércio de peles causa um sofrimento inimaginável aos animais, e este decreto transformará o mercado de moda israelense, tornando-o melhor no cumprimento dos padrões ambientais”, declarou em comunicado Gila Gamliel, ministra do Meio Ambiente.
O ministério também publicou uma carta enviada por Jane Halevy-Moreno, diretora da Coalizão Internacional Anti-Pele (IAFC, na sigla em inglês), saudando este decreto descrito como "gesto histórico". “Israel é o primeiro país do mundo a fechar as portas a esta indústria cruel”, escreveu Halevy-Moreno.
Espécies ameaçadas
Israel já havia proibido em 1976 a criação de animais para uso de suas peles.
Diversos países ao redor do mundo já introduziram proibições parciais ao comércio de peles, especialmente para espécies ameaçadas de extinção, como focas, por exemplo.
A proibição total do comércio de peles está em vigor apenas em algumas localidades, como na cidade de São Paulo e no estado da Califórnia. A Índia já aprovou regulamentações semelhantes em todo o país, mas apenas para peles de vison, raposa e chinchila.
Fonte: RFI
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