O uso de máscara ao ar livre não será mais obrigatório na França, e o fim do toque de recolher será antecipado, anunciou o primeiro-ministro francês, Jean Castex, nesta quarta-feira (16).
A partir de quinta-feira (17): fim da obrigatoriedade de máscaras em ambientes externos, com algumas exceções (leia mais abaixo)
A partir de domingo (20): o toque de recolher, que deveria durar até 30 de junho, será suspenso
Os anúncios feitos pelo chefe do governo foram possíveis graças à queda das contaminações por Covid-19 no país.
O fim do toque de recolher, antecipado em dez dias, não impedirá a manutenção dos protocolos sanitários para locais públicos e para a tradicional Festa da Música, celebrada em 21 de junho.
A máscara ao ar livre continua obrigatória em situações de aglomeração (filas, transportes, feiras livres, arquibancadas).
Eventos marcados para acontecer até 30 de junho continuam com medidas sanitárias rígidas: organização de shows apenas ao ar livre, limites de entradas em bares, restaurantes e comércio.
Os detalhes foram revelados após uma reunião Conselho de Ministros e do Conselho de Defesa presididos por Emmanuel Macron, nesta manhã.
Os torcedores do jogo de futebol França e Portugal, no dia 23 de junho, pela Eurocopa, também poderão aproveitar parte da flexibilização das medidas.
A França foi um dos últimos três países da Europa a impor um toque de recolher.
Cronologia do toque de recolher na França:
30 de outubro de 2020: entrou em vigor as 21h em todo o país
Período de festas (exceto dia e véspera de Natal): foi antecipado para as 20h
16 de janeiro de 2021: horário antecipado para as 18h
Março de 2021: início da flexibilização com 19h, depois para as 21h
9 de junho de 2021: toque a partir das 23h
Situação melhora antes do esperado
"A situação da saúde em nosso país está melhorando mais rápido do que esperávamos", disse Castex em uma entrevista coletiva após uma reunião de gabinete.
O número médio de novas infecções diárias caiu para 3.200 na terça-feira (15), o mais baixo da França desde agosto de 2020 e bem inferior ao limite de 5.000 casos diários que o presidente Emmanuel Macron estabeleceu como sua meta no ano passado.
A desaceleração na propagação do vírus na França contrasta com um novo aumento de casos no outro lado Canal da Mancha, na Inglaterra, atribuído à variante Delta, descoberta na Índia.
A França, que está atrás da Grã-Bretanha na meta de vacinação, está correndo para imunizar o máximo possível de pessoas para tentar evitar a disseminação desta variante em seu território.
Castex disse que o governo pretende ter cerca 35 milhões de pessoas completamente vacinadas até o final de agosto, o que representa pouco mais da metade da população. Até agora, 16,5 milhões de pessoas foram totalmente imunizadas contra a Covid-19 no país, com duas doses da vacina.
Fonte: RFI
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