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segunda-feira, junho 14, 2021

Com casos de Covid-19 em alta, Reino Unido adia nova etapa da reabertura para julho

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, confirmou nesta segunda-feira (14) que vai adiar em quatro semanas a flexibilização das medidas de combate ao coronavírus no país.


Garçonete leva bebidas a clientes em área externa de bar em Londres, Reino Unido, em 12 de abril — Foto: Alastair Grant/Arquivo/AP Photo


A decisão foi tomada depois de um aumento no número de casos de Covid-19 associado à variante delta, considerada mais transmissível.


Com isso, a retirada das medidas — que ocorreria na próxima semana — ficou para 19 de julho. No anúncio, o primeiro-ministro disse estar confiante que "não será necessário adiar a flexibilização para além dessa data".


Na prática, o adiamento significa que em 19 de julho o Reino Unido deve retirar as últimas restrições que faltavam. Isso porque, com a vacinação em alta e os números da Covid-19 ainda em patamares controláveis — mesmo com o novo aumento de casos —, o país vive uma situação mais confortável que permitiu uma reabertura (leia mais adiante sobre a vacinação no Reino Unido).


Assim, as pessoas poderão continuar se encontrando em ambientes abertos. Atividades em locais fechados que não envolvam grandes aglomerações também continuam permitidas — máscaras nesses lugares são obrigatórias. A diferença é que boates e bares com atendimento interno precisarão esperar mais quatro semanas até a reabertura.


Vacinação no Reino Unido


Pessoas chegam para tomar vacina contra Covid-19 no Poet’s Corner, dentro da Abadia de Westminster, em Londres, em foto de 10 de março — Foto: Stefan Rousseau/PA via AP


Apesar do adiamento e do novo aumento nos casos de Covid-19, o Reino Unido vive situação mais confortável do que outros países europeus, sobretudo por causa da vacinação rápida. Estima-se que mas de 60% dos britânicos tenha recebido ao menos uma dose, e que quase 45% esteja com a imunização completa.


Inclusive, o número de mortes continua baixíssimo, e não apresentou a mesma tendência de aumento na comparação com os novos contágios — o que indica que, caso pessoas vacinadas tenham contraído o vírus, dificilmente desenvolverão a forma grave da doença.



Variante mais contagiosa


O ministro britânico da Saúde, Matt Hancock, disse na semana passada que a variante delta do coronavírus Sars-Cov-2, identificada pela primeira vez na Índia, é 40% mais contagiosa. Essa cepa é apontada como uma das principais responsáveis pelo surto de Covid-19 no país asiático.


As autoridades sanitárias do Reino Unido informaram também que a variante delta já domina entre as infecções registradas atualmente dentro do território britânico, segundo um rastreamento epidemiológico feito pelo governo.


Uma variante é resultado de modificações genéticas que o vírus sofre durante seu processo de replicação. Um único vírus pode ter inúmeras variantes. Quanto mais o vírus circula – é transmitido de uma pessoa para outra –, mais ele faz replicações, e maior é a probabilidade de modificações no seu material genético.


Ainda que tenha se espalhado mais rapidamente, técnicos do Ministério da Saúde do Reino Unido garantiram que as vacinas disponíveis no país fornecem proteção completa contra esta linhagem do vírus após a aplicação da 2ª dose.


Fonte: G1

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