Com mais de 3,7 mil pedidos de internação de leitos críticos para Covid-19, maio de 2021 foi mês com maior demanda por assistência de saúde desde o início da pandemia no Rio Grande do Norte.
Os dados são do Sistema Regula RN, usado na administração dos leitos públicos para Covid no Rio Grande do Norte.
Até então, com mais de 3,6 mil pedidos de leitos, março passado era o mês com maior número de pedidos de internação em leitos de UTI.
O aumento foi puxado principalmente pela demanda da região Oeste potiguar. Embora a região metropolitana de Natal lidere a demanda por assistência da rede pública de saúde, o número de pedidos de maio ficou praticamente igual ao de abril e abaixo de março, enquanto a região Oeste seguiu tendência de crescimento.
Ainda no dia 20, maio já havia se tornado o mês com maior número de casos confirmados no Rio Grande do Norte.
No dia 26 de maio, o estado registrou o maior número de solicitações por um leito de UTI, em um dia, desde o início da pandemia. Foram 156 pedidos encaminhados pelas unidades de saúde à Central de Regulações para pacientes que precisam desse tipo de internação.
O recorde anterior havia sido registrado no dia 15 de março, com 149 pacientes que precisavam de um leito no mesmo dia.
No dia 31 de maio, o estado alcançou o maior número de UTIs operacionais - em condição de uso - cadastradas no sistema. Eram 406 na rede pública, em todo o estado.
Apesar disso, nem todos os pacientes que precisaram de atendimento mais complexo conseguiram. Ao longo da pandemia, 854 pessoas morreram enquanto aguardavam um leito de UTI para Covid-19 no estado.
Na manhã desta quinta-feira (3), 71 pessoas estavam em uma fila de espera por um leito de UTI, enquanto havia apenas 9 leitos disponíveis no sistema. A taxa de ocupação de leitos críticos chegava a 97,7% no estado.
Na quarta-feira (2), o secretário de Saúde do RN, Cipriano Maia, apontou que o último relatório sobre a situação da pandemia no estado destaca sete cidades com alerta vermelho, quando à contaminação pela Covid.
A informação foi divulgada em uma entrevista coletiva promovida pelo governo, que pediu para a população manter o uso de máscara e distanciamento.
"O quadro é de extrema alerta, o que exige de todos nós, atenção e concentração de esforços para proteger vidas. O mapa do indicador composto mostra que a faixa da população em situação de alerta, amarela ou laranja, é muito alta, inclusive chegando pela primeira vez a 7 municípios em vermelho", disse.
Por outro lado, o secretário voltou a afirmar que o estado enfrenta dificuldades para abrir mais leitos.
"Estamos sem possibilidade de fazermos expansão de leitos, por falta de equipamentos, limitação de medicamentos e principalmente escassez de profissionais", considerou.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!