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domingo, junho 13, 2021

Casos confirmados de Covid em idosos caem 36% entre março e maio no RN

Os casos confirmados de Covid-19 em idosos caíram 36% entre os meses de março e maio deste ano no Rio Grande do Norte. Os dados são do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN), que monitora a situação da pandemia no estado em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).


Vacinação contra a Covid-19 de idosos — Foto: PBH / Divulgação


Ao todo, em março deste ano o estado registrou 5.330 casos confirmados em idosos, o maior número desde o início da pandemia. Após se manter alto em abril (4.526), no mês de maio esse número apresentou queda para 3.365.


A queda exatamente em maio é relevante, já que o mês foi o com mais casos confirmados de Covid-19 no estado desde o início da pandemia. O mês fechou com 45.451 casos confirmados nos boletins epidemiológicos da Sesap - o mês anterior com mais casos era março de 2021, com 29.366.


A queda no número de casos também tem influenciado na queda de internações dos idosos em UTIs. Em julho de 2020, os idosos ocupavam em média 75% dos leitos críticos; em janeiro, 60%; entre março e maio, 50%. Em junho, ocupam 30%.


Aplicação de vacina Coronavac, contra a Covid-19, em Natal, Rio Grande do Norte. — Foto: Kleber Teixeira/Inter TV Cabugi


Segundo o Regula RN, atualmente há 113 idosos nos leitos de UTI público no RN e outras 262 pessoas com menos de 60 anos, que representam quase 70%.


Essa queda está diretamente associada à aplicação das vacinas nesses grupos, segundo apontam os especialistas.


"Quando olhamos pros números de internação, principalmente em UTIs, aliado ao processo vacinal que tem ocorrido, começamos a perceber que, conforme se avança nas faixas etárias e conclui o processo vacinal da maior parcela da população daquele grupo etário, consegue se derrubar o número de internação e de óbitos para aquelas pessoas", explicou o pesquisador do LAIS, Rodrigo Silva.


Hospital Belarmina Monte, em São Gonçalo do Amarante: internações de idosos caíram em todo RN — Foto: Ariel Dantas


O pesquisador reforça que, considerando esses grupos etários como os mais vulneráveis no início da pandemia, esse dado é ainda mais relevante.


"Em maio, quando a gente percebe a conclusão do processo vacinal (dos idosos), a gente vê uma queda bem mais vertiginosa, e hoje a gente está numa faixa de 28 a 30% de ocupação dos leitos de UTI por idosos, ou seja, um grande ganho aí visto o todo o número de óbitos e o número de internações que a gente chegou a ter ano passado", disse.


"A vacinação é a única solução que a gente vai conseguir encontrar pra esse problema".


Esse pensamento é reforçado pelo epidemiologista Ion de Andrade, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. "Essa é uma questão muito importante, porque demonstra que a vacina é a nossa arma estratégica", disse.


"Isso que a gente constata entre os idosos é o que vai acontecer com todas as faixas etárias vacinadas e todos os grupos profissionais, assim que eles obtiverem a vacinação. Esse número de casos também entre profissionais de saúde também está caindo bastante".


Vacinação no Rio Grande do Norte

O Rio Grande do Norte vacinou até o momento mais de 811 mil pessoas contra a Covid com pelo menos um dose. Com as duas doses aplicadas - ou seja, o esquema vacinal completo - são pouco mais de 384 mil pessoas, cerca 10,8% dos mais de 3,5 milhões de pessoas no estado. Os dados são do RN+ Vacina.


Para o epidemiologista Ion de Andrade, a queda nos casos nos grupos vacinados é relevante, mas não é o momento de relaxar nos cuidados, já que esse percentual da população vacinada ainda é baixo.


"Esse é um cenário muito positivo, que, no entanto, não deve nos fazer diminuir os cuidados, porque a quantidade de pessoas vacinadas na nossa população é ainda pequena", disse.



"Portanto a gente constata que a vacinação é efetiva nos grupos que ela foi aplicada, mas isso não nos autoriza a relaxar em relação aos controles".

O estado começou nesta semana a vacinar pessoas abaixo de 60 anos de idade sem comorbidades, depois de avançar nos demais grupos prioritários. Um levantamento do G1 no início desta semana apontou que Natal era a única capital do Nordeste que ainda não havia começado a imunizar pessoas abaixo de 60 anos.


A autônoma Ana Lúcia Pereira de Oliveira, de 59 anos, tomou vacina contra Covid em Parnamirim nesta quinta (10) — Foto: Lucas Cortez/Inter TV Cabugi


Após uma reunião entre estado e municípios, foi decidido que 50% das novas cargas das vacinas serão destinados ao público por faixa etária que não é idoso e que não possui comorbidade.


Fonte: G1

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